Eis que o premiê israelense, Benjamin Netanyahu, solta a bomba: não vai rolar Estado palestino enquanto ele estiver no comando. Ponto final. E ainda por cima, de quebra, aprovou mais uns assentamentos na Cisjordânia — porque, aparentemente, a situação por lá não estava complicada o suficiente.
Numa jogada que pegou muita gente de surpresa — ou nem tanto, vindo dele —, Netanyahu deixou claro que não vai abrir mão do controle sobre todo o território. "A partir de agora, Israel manterá o controle de segurança em toda a área a oeste do Jordão", disparou, sem meias palavras.
O que isso significa na prática?
Basicamente, enterra qualquer chance de soberania palestina — pelo menos nos moldes que a comunidade internacional imaginava. E olha, não é de hoje que ele faz esse tipo de declaração, mas dessa vez a firmeza foi além do usual.
Enquanto isso, do outro lado, a reação foi imediata. A Autoridade Palestina já avisou: sem um Estado viável, não há paz que chegue. E a comunidade internacional? Bem, já pode esperar uma enxurrada de críticas e resoluções — que, convenhamos, nem sempre saem do papel.
E os assentamentos?
Pois é. Além do não ao Estado palestino, Netanyahu ainda deu luz verde para a construção de mais 3.300 unidades habitacionais em colônias israelenses na Cisjordânia. Algo que, convenhamos, não ajuda em nada no already delicado processo de paz.
Números à parte, a sensação é que a região caminha a passos largos para um aprofundamento do conflito. E aí, me digam: será que alguém ainda acredita numa solução a curto prazo? Difícil, né?
O fato é que, com essa declaração, Netanyahu não só reforça sua posição interna — agradando a base mais conservadora — como também joga uma pá de cal nas esperanças de negociações futuras. Resta saber como players como Estados Unidos, União Europeia e países árabes vão reagir.
Uma coisa é certa: o Oriente Médio continua sendo um barril de pólvora. E declarações como essas são fósforos acesos.
