Num tom que não deixa margem para dúvidas, o México disparou um recado claro aos Estados Unidos: "não, obrigado" quando o assunto é presença militar americana em seu território. A declaração, dada pelo chanceler Marcelo Ebrard, veio como um balde de água fria para quem achava que os dois países poderiam estreitar laços nesse sentido.
"Nem pensar", parece ter sido a mensagem subentendida. O governo mexicano — que anda de cabeça quente com questões de segurança fronteiriça — deixou claro que prefere mil vezes resolver seus problemas internos sem a ajuda de fardas estrangeiras. E olha que a pressão não é pouca, viu?
Soberania acima de tudo
O México, sabe como é, tem aquela coisa de orgulho nacional ferido quando o assunto é interferência externa. Não é de hoje que o país levanta a bandeira da autodeterminação, principalmente quando o vizinho do norte resolve dar pitacos. Desta vez, a resposta foi tão seca quanto o deserto de Sonora.
Ebrard, com aquela lábia de diplomata experiente, foi direto ao ponto: "Respeitem nossa soberania". A mensagem, embora educada (porque mexicano nunca perde a educação), veio carregada de um subtexto que qualquer um entende: "Não somos quintal de ninguém".
E os EUA nessa história?
Bom, do outro lado da fronteira, a Casa Branca ainda não soltou nenhum comunicado oficial. Mas dá pra imaginar que o assunto deve estar rendendo bons papos nos corredores do Pentágono. Afinal, não é todo dia que um país diz "não" aos americanos — ainda mais quando o assunto é segurança regional.
Enquanto isso, nas redes sociais, a galera já começou aquele debate que todo mundo adora: uns acham que o México tá certo em botar o pé no chão, outros dizem que é birra desnecessária. Típico, não? O certo é que, pelo menos por enquanto, os únicos soldados americanos que vão pisar em solo mexicano são aqueles dos filmes de Hollywood.
