
Numa jogada que mistura diplomacia e pragmatismo, o chanceler Mauro Vieira sentou-se à mesa com um dos principais assessores de Donald Trump em Washington. O clima? Tenso, mas produtivo. O assunto em pauta não poderia ser mais atual: as famigeradas tarifas que há anos emperram relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos.
"Não estamos aqui para brigar, mas para encontrar soluções", teria dito Vieira, segundo fontes próximas ao encontro. O tom foi firme, porém aberto ao diálogo - uma marca registrada do Itamaraty nos últimos anos. Do outro lado, o secretário americano ouviu atentamente, mas não abriu mão de defender os interesses do país dele.
O jogo das tarifas
Quem acompanha o noticiário econômico sabe: essa briga não começou ontem. Desde 2018, quando Trump implementou aquelas tarifas sobre aço e alumínio, o Brasil tenta negociar uma saída honrosa. Agora, com eleições americanas no horizonte, o jogo fica ainda mais complexo.
O que pouca gente percebe é que:
- O Brasil tem vantagens competitivas em setores estratégicos
- Os EUA precisam de parceiros confiáveis na América Latina
- Ambos os países podem sair ganhando - se souberem negociar direito
Não é moleza, convenhamos. Enquanto isso, nossos exportadores seguem na corda bamba, tentando prever qual será o próximo movimento desse xadrez comercial.
E agora?
O que dá para esperar depois desse encontro? Bom, não espere reviravoltas espetaculares - diplomacia não funciona assim. Mas os sinais são positivos, ainda que discretos. O Brasil deixou claro que está disposto a ceder... até certo ponto. Os americanos, por sua vez, parecem mais abertos a rever algumas posições.
"É como dançar tango", brincou um diplomata que pediu anonimato. "Dois passos pra frente, um pra trás. O importante é não pisar no pé do parceiro."
Enquanto os detalhes técnicos são discutidos a portas fechadas, uma coisa é certa: o Brasil não pretende ficar de braços cruzados. Se depender de Vieira e sua equipe, essa história ainda vai dar muito pano pra manga.