
Pode parecer difícil de acreditar hoje, mas houve um tempo em que Irã e Israel mantinham uma relação de cooperação. Apesar das tensões atuais, os dois países já foram aliados estratégicos no passado. Mas o que mudou?
Uma aliança improvável
Durante a década de 1950, Israel e o Irã (então sob o regime do Xá Reza Pahlavi) estabeleceram laços diplomáticos e econômicos. O Irã foi o segundo país de maioria muçulmana a reconhecer o Estado de Israel, em 1950.
Os pilares da parceria
- Cooperação militar e de inteligência
- Intercâmbio tecnológico, especialmente na área agrícola
- Comércio de petróleo iraniano para Israel
- Alinhamento contra ameaças regionais comuns
O ponto de ruptura
Tudo mudou com a Revolução Islâmica de 1979, quando o Aiatolá Khomeini assumiu o poder no Irã. O novo regime revolucionário adotou uma postura radicalmente anti-israelense, classificando o país como "inimigo do Islã".
Os principais fatores para o colapso da relação foram:
- A mudança ideológica no Irã
- O apoio iraniano a grupos como o Hezbollah
- As crescentes tensões sobre o programa nuclear iraniano
- A posição do Irã no conflito palestino-israelense
Consequências da ruptura
A deterioração das relações transformou o Irã e Israel em adversários estratégicos no Oriente Médio. Hoje, os dois países estão envolvidos em uma disputa por influência regional que frequentemente chega às manchetes internacionais.
Especialistas alertam que a escalada de tensões entre os dois países representa um dos maiores riscos à estabilidade da região.