
Numa guinada que deixou analistas de plantão com os cabelos em pé, os Estados Unidos parecem estar repensando seu papel no conflito ucraniano. E não, não é teoria da conspiração — é geopolítica pura e dura, como explica o professor de relações internacionais Carlos Mendes.
O xadrez geopolítico muda de configuração
"Quando a Casa Branca espirra, o mundo pega pneumonia", brinca Mendes, antes de ficar sério. Segundo ele, a possível redução do apoio militar americano à Ucrânia não é mero acaso — é cálculo frio em ano eleitoral.
Os números? Assustadores. Só em 2023, os EUA injetaram mais de US$ 75 bilhões no esforço de guerra ucraniano. Mas agora, com as eleições americanas no horizonte, o discurso começa a esfriar mais que café esquecido na mesa.
O que está por trás da mudança?
- Pressão interna: O partido republicano está com o pé no freio nos gastos militares
- Cenário eleitoral: Biden não quer entregar munição para os adversários
- Fadiga de guerra: A população americana começa a questionar os investimentos
"É como assistir a um jogo de pôquer onde todos blefam", compara Mendes. Enquanto isso, do outro lado do tabuleiro, Putin parece ter renovado seu estoque de fichas com o apoio chinês.
E a Ucrânia nessa história?
Zelensky deve estar roendo as unhas. Sem o apoio pesado dos EUA, a situação pode ficar mais complicada que tentar montar móvel da IKEA sem manual. As tropas ucranianas já enfrentam escassez de munição e baixas crescentes.
Mas calma, não é o fim do jogo ainda. A Europa — especialmente Alemanha e França — parece disposta a pegar parte do bastão. "Só que ninguém substitui os Estados Unidos", ressalta Mendes, fazendo cara de preocupado.
E você, acha que essa reviravolta pode significar o início do fim do conflito? Ou será apenas mais um capítulo nessa novela que já dura mais que algumas temporadas de Grey's Anatomy?