
Parece que o Brasil está prestes a entrar em mais uma encrenca com os Estados Unidos — e dessa vez, o motivo é a velha (e complicada) relação comercial com a Rússia. Um relatório recente, assinado por senadores americanos, jogou gasolina no fogo ao sugerir que o país pode sofrer novas sanções por não se alinhar completamente às restrições ocidentais contra Moscou.
O que está pegando?
Não é novidade que, desde a invasão da Ucrânia, os EUA têm pressionado o mundo inteiro a cortar laços com a Rússia. O Brasil, porém — sempre aquele jeitinho brasileiro — tem mantido uma postura mais... digamos, pragmática. Continuamos comprando fertilizantes e vendendo frango, numa dança diplomática que agora pode estar com os dias contados.
Os senadores democratas Robert Menendez e Richard Blumenthal, junto com o republicano Lindsey Graham, foram diretos: em seu relatório, acusam o governo brasileiro de "facilitar o comércio de itens de dupla utilização" — aqueles que podem ter tanto uso civil quanto militar. E olha que isso não é conversa fiada: os caras citam dados concretos de aumento nas exportações brasileiras de certos produtos para a Rússia.
Os números que preocupam Washington
- Um salto de 62% nas vendas de veículos aéreos não tripulados (sim, drones!)
- Aumento expressivo na exportação de componentes eletrônicos
- Comércio bilateral que, apesar das sanções globais, não parou de crescer
"O Brasil está virando uma rota alternativa para a Rússia burlar sanções", disparou um dos assessores do relatório, em tom que não deixava dúvidas sobre a irritação em Washington.
E agora, José?
O Palácio do Planalto, é claro, nega qualquer irregularidade. "Todas as operações comerciais seguem rigorosamente as normas internacionais", garantiu um porta-voz do Itamaraty. Mas convenhamos: quando os EUA resolvem apertar o cerco, até o mais inocente dos negócios pode virar um problema diplomático dos grandes.
Especialistas ouvidos pelo nosso time são unânimes: se as sanções vierem, o preço pode ser alto. Desde dificuldades em transações financeiras internacionais até a perda de preferências comerciais — sem falar no dano à imagem do país como parceiro confiável.
E você, o que acha? Até que ponto o Brasil deve se alinhar às pressões externas, mesmo que isso signifique prejuízos econômicos? A discussão está aberta, e promete esquentar nos próximos meses.