Brasil mira acordos estratégicos em IA, saúde e clima na Cúpula do BRICS
Brasil mira acordos em IA, saúde e clima no BRICS

O Brasil chega à Cúpula do BRICS em Kazan (Rússia) com uma agenda ambiciosa: fechar acordos estratégicos em três áreas-chave para o futuro do país. Segundo fontes do Planalto, o governo Lula prioriza negociações em inteligência artificial, saúde pública e mudanças climáticas durante o encontro que reúne as principais economias emergentes do mundo.

Os três pilares da diplomacia brasileira

1. Inteligência Artificial: O Brasil busca parcerias para desenvolver um marco regulatório ético e investimentos em pesquisa. "Queremos evitar dependência tecnológica", afirmou um assessor presidencial.

2. Saúde Global: Com o legado do SUS, o país propõe cooperação em vigilância epidemiológica e produção conjunta de vacinas, especialmente para doenças negligenciadas.

3. Agenda Climática: O governo pretende articular posições comuns sobre financiamento ambiental e transição energética justa, capitalizando a experiência amazônica.

O que está em jogo

Analistas apontam que esta cúpula pode marcar uma virada na inserção internacional do Brasil, com possíveis acordos bilaterais com China e Rússia nas áreas de tecnologia limpa e telemedicina. O ministro das Relações Exteriores adiantou que as conversas incluem desde transferência de know-how até linhas de crédito preferenciais.

O encontro ocorre em um momento delicado da geopolítica global, com tensões comerciais e realinhamentos estratégicos. O Brasil, que assumirá a presidência rotativa do bloco em 2025, quer posicionar-se como ponte entre Global Sul e economias desenvolvidas.