Brasil expressa pesar pela morte do senador colombiano Miguel Uribe — veja a reação oficial
Brasil lamenta morte do senador colombiano Miguel Uribe

Não é todo dia que a política internacional ganha um tom tão pessoal. Na tarde desta quarta, o Itamaraty soltou uma daquelas notas que deixam a gente pensando — sabe quando você lê algo e sente que há muito mais entre as linhas?

Miguel Uribe, senador colombiano que morreu aos 55 anos após complicações de saúde (detalhes que ainda estão sendo apurados), era mais que um nome no cenário político. Era um daqueles sujeitos que, mesmo do outro lado da fronteira, conseguia criar pontes. O Brasil, claro, percebeu.

O que diz a nota oficial

O texto — seco como costumam ser esses comunicados — falava em "profundo pesar" e "reconhecimento pela atuação parlamentar". Mas quem conhece o jargão diplomático sabe: quando o Itamaraty se dá ao trabalho de mencionar "relações bilaterais", é porque a coisa tinha peso.

E tinha. Uribe não era qualquer político. Tinha aquela rara combinação de pragmatismo e idealismo que faz falta em qualquer parlamento. Defensor de reformas econômicas, mas também de políticas sociais mais duras — contraditório? Talvez. Humano, certamente.

Os laços que ficam

Curioso pensar como a vida de um senador colombiano ecoa por aqui. Nos últimos anos, Uribe participou de pelo menos três encontros oficiais com representantes brasileiros. O último, em 2022, tratava justamente de comércio exterior — tema que, convenhamos, nunca foi tão urgente.

"Perdemos uma voz importante no diálogo entre nossos países", admitiu um assessor do Ministério das Relações Exteriores que preferiu não se identificar. E completou, num tom mais pessoal: "Ele tinha essa coisa rara de ser firme sem ser rude".

Enquanto isso, em Bogotá, o velório segue lotado. Aqui, resta o silêncio protocolares das notas oficiais — e aquele incômodo silêncio que só a morte de alguém relevante consegue provocar.