Numa jogada que deixou o Planalto Central em polvorosa, o governador mineiro Romeu Zema decidiu não ficar calado. Enquanto outros líderes estaduais ainda mastigavam a notícia, ele soltou o verbo sobre a bombástica decisão do STF que enterrou parte do legado bolsonarista.
— Não dá pra fingir que não viu, né? — disparou Zema, com aquela mineirice calculada que já virou marca registrada. O Supremo, na quinta (17), simplesmente rasgou uma série de decretos do ex-presidente, alegando "excesso de competência". Coisa séria.
O pulo do gato mineiro
Enquanto o Palácio da Liberdade fervilhava, Zema — sempre econômico nas palavras — soltou uma declaração que parece ter sido pesada na balança da farmácia:
- Defendeu o "respeito às instituições" (óbvio)
- Mas deixou escapar uma crítica velada: "Decisões precisam ter lastro na realidade"
- E o recado final: "Minas seguirá trabalhando" — quase um "não tô nem aí" em políticoês
Parece pouco? Num cenário onde até toupeiras políticas estão se escondendo, o governador saiu da toca primeiro. Coragem ou cálculo? Você decide.
O xadrez do STF
Os ministros, diga-se, não fizeram por menos. A canetada derrubou:
- O decreto das armas (aquele que deixou todo mundo arrepiado)
- Regras sobre demarcação de terras (pavio curto, esse)
- E até uma bobagem sobre caça esportiva (sim, isso existia)
— Quando o Supremo fala, tem que ouvir — filosofou Zema, entre dentes. Mas deu pra sentir aquele "mas..." não dito. Mineiro é assim mesmo: fala pouco, pensa muito.
Enquanto isso, em Brasília, assessores do Planalto trocavam mensagens frenéticas. Alguns governadores, dizem, até desligaram os celulares. Zema? Mandou a real e foi tomar seu café. Típico.
