
Numa jogada que mistura pragmatismo e afeto histórico, Jaques Wagner — aquele mesmo que não costuma ficar no meio do caminho — soltou o verbo sobre as relações Brasil-EUA. E olha só: o recado foi claro como água de coco no verão brasiliense.
"Quando você tem uma amizade que já dura mais de dois séculos, brigar é simplesmente... bem, não faz o menor sentido", disparou o senador, com aquela cara de quem já viu muita coisa nessa vida. E não é que ele tem razão? 206 anos não são 206 dias — é tempo pra caramba.
Por trás das cortinas
O clima, digamos, não andava dos melhores entre os dois países. Alguns atritos aqui, desentendimentos acolá — aquele tipo de situação que deixa todo mundo com os nervos à flor da pele. Mas Wagner, velha raposa política, parece ter colocado o pé no freio antes que a coisa descambasse.
"Temos diferenças? Claro! Mas qual casal não tem?", brincou, num tom que misturava sabedoria de boteco com experiência de chancelaria. A analogia pode parecer boba, mas faz pensar: será que estamos tratando as relações internacionais como deveríamos?
Os números que falam
- 206 anos de relações diplomáticas ininterruptas
- Mais de US$ 100 bilhões em comércio bilateral só em 2024
- Parceria em 17 acordos multilaterais
Não são dados pra jogar no lixo, não é mesmo? O senador baiano — sim, aquele mesmo que já comandou o estado — parece ter colocado na balança e visto o que pesa mais: picuinhas passageiras ou uma aliança que sobreviveu até à Guerra do Paraguai.
E aqui vai um pensamento solto: será que a gente, no calor das discussões do dia a dia, não acaba esquecendo o valor dessas parcerias antigas? Wagner, pelo visto, não esqueceu.
O outro lado do Atlântico
Enquanto isso, em Washington... Bem, digamos que o clima também não está lá essas coisas. Mas o senador brasileiro parece apostar numa estratégia que mistura paciência de monge com timing de jogador de pôquer.
"Tem hora pra falar e hora pra calar", filosofou, deixando no ar aquela impressão de que sabe mais do que está dizendo. Típico de quem já rodou pelos corredores do poder o suficiente pra conhecer os atalhos.
O fato é: num mundo onde as alianças parecem feitas de areia movediça, manter um vínculo desses requer — como diria minha avó — "muito juízo e pouca mão grande". E Wagner, ao que tudo indica, trouxe os dois na bagagem.