Avenida Paulista lotada: USP revela número real do público no ato pró-Bolsonaro
USP calcula público no ato pró-Bolsonaro na Paulista

Não foi pouco, não. A Avenida Paulista virou um mar de gente no último domingo, e agora a USP botou os números na ponta do lápis — ou melhor, no algoritmo. Segundo a metodologia da universidade, o ato em apoio a Jair Bolsonaro reuniu uma multidão que deixou a região central de São Paulo praticamente intransitável.

Quem passou por lá viu: bandeiras, camisetas amarelas e um clima que misturava protesto com festa. Mas quantos eram, exatamente? A resposta não é simples como parece. A equipe da USP usou imagens aéreas e cálculos de densidade populacional — aquela velha história de quantas pessoas cabem num metro quadrado sem virar sardinha enlatada.

Como contaram?

Os pesquisadores dividiram a área em setores, analisaram fotos e vídeos de diferentes ângulos, e ainda consideraram o vai-e-vem natural desse tipo de evento. Não é como contar boi no pasto, mas chegaram num número que faz sentido.

  • Imagens de drone e satélite
  • Análise de densidade por metro quadrado
  • Ajustes para o movimento da multidão
  • Comparação com eventos anteriores

E o resultado? Bom, digamos que daria pra encher uns três estádios do Morumbi com folga. Mas números exatos são sempre polêmicos — tem quem ache pouco, tem quem jure que foi mais. A verdade é que a Paulista ficou pequena.

E aí, o que isso significa?

Política no Brasil nunca foi esporte pra tímidos. O tamanho do público nesses eventos vira termômetro — ou arma política, dependendo de quem fala. Enquanto uns veem demonstração de força, outros lembram que multidão não vota sozinha.

Uma coisa é certa: a cena repetiu o script dos últimos anos. Bandeiras, cantos de guerra político e aquela velha pergunta: será que isso se traduz em urnas? Só o tempo — e as próximas pesquisas — dirão.