
O clima entre a União Europeia e os Estados Unidos aqueceu — e não no bom sentido. Nesta segunda-feira (14), o comissário europeu do Comércio não economizou palavras ao criticar as novas tarifas impostas pelo governo Trump ao bloco econômico. "Inaceitável", "injustificada" e "um tiro no pé" foram alguns dos termos usados.
Pra quem não tá acompanhando: a Casa Branca decidiu aumentar as taxas de importação para produtos europeus, especialmente aço e alumínio. A justificativa? "Segurança nacional". Só que, cá entre nós, isso soa mais como desculpa esfarrapada pra proteger a indústria americana.
Reação em cadeia
O comissário — que normalmente fala com aquela diplomacia chata de político — soltou o verbo:
- As medidas são "claramente protecionistas"
- Não há base legal ou econômica que as sustente
- A UE não vai ficar de braços cruzados (tradução: preparem-se para retaliações)
E olha que a coisa tá feia mesmo. Especialistas já falam em risco concreto de uma guerra comercial que pode afetar até o consumidor final. Imagina só pagar mais caro no queijo francês ou no vinho italiano por causa dessa briga?
E o Brasil nessa história?
Pois é, a gente sempre se mete nessas encrencas alheias. Com a UE ocupada batendo boca com os EUA, pode ser que surjam oportunidades para nossos produtos agrícolas. Mas também pode dar ruim se o comércio global entrar em parafuso.
Uma coisa é certa: ninguém sai ganhando nesse cabo-de-guerra. Como dizia meu avô, "quando elefantes brigam, o chão que se lasca". E no caso, o chão somos todos nós.