Não é todo dia que um governador mete o pé na porta e solta uma dessas. Rui Costa, o chefe do executivo baiano, deixou escapar uma pérola que ecoou pelos corredores de Brasília como um trovão em dia de céu azul. "O governo federal está quebrado", disparou, sem meias palavras, durante um evento em Salvador.
E não pense que foi um comentário de passagem. O baiano — conhecido por seu jeito direto — deu o recado com a convicção de quem está vendo o trem descarrilar de camarote. "Não tem dinheiro nem pra pagar o almoço", completou, com aquela cara de quem não está nem aí pra polêmica.
O estrago está feito
Mal a frase esfriou, as redes sociais viraram um campo minado. De um lado, os apoiadores do governador, achando graça da situação. Do outro, os defensores do Planalto, com os cabelos em pé. "Isso é irresponsabilidade", gritou um deputado aliado do governo, enquanto atualizava seu Twitter freneticamente.
O que muita gente não percebeu? Rui Costa não é nenhum novato nesse jogo. Com 20 anos de estrada política, o homem sabe exatamente o peso das palavras — e quando soltá-las para causar o máximo de impacto. Será que foi calculado? Aposto meu café da manhã que sim.
Os números da discórdia
Enquanto a briga verbal esquenta, os técnicos do Tesouro Nacional devem estar rindo — ou chorando — nos cantos. A verdade é que:
- O déficit primário está batendo recordes
- A dívida pública parece um rolo compressor
- E os investidores internacionais estão com o dedo no gatilho
Mas será que "quebrado" é o termo certo? Aí já é outra história. Na economia, como no futebol, tudo depende do ângulo que você olha. O ministro da Economia, é claro, já saiu desmentindo: "Temos desafios, mas a situação está sob controle". Só faltou ele cruzar os dedos ao dizer isso.
O jogo político por trás das palavras
Quem acompanha o xadrez político sabe: nada é por acaso. Rui Costa, além de governador, é um dos nomes fortes do PT para 2026. Convenhamos — soltar uma dessas em ano pré-eleitoral é no mínimo... interessante.
Enquanto isso, no Planalto, o clima deve estar parecendo aquela cena de novela quando o vilão aparece de surpresa. Só faltou a trilha sonora dramática. A pergunta que fica: isso vai virar uma bola de neve ou vai passar como mais um capítulo da novela política brasileira?
Uma coisa é certa — na Bahia, o governador já garantiu o assunto da semana nos botequins. E no resto do país? Bom, isso só o tempo — e as próximas declarações — vão dizer.
