Lula defende diálogo sem viés ideológico com EUA: 'Não pode virar palanque político', diz Alckmin
Lula pede diálogo sem viés ideológico com EUA

Numa daquelas falas que parecem saídas diretamente de um manual de diplomacia – mas com aquele tempero tipicamente brasileiro –, o presidente Lula deixou claro que não quer picuinha ideológica nas conversas com os Estados Unidos. "Isso aqui não é torcida de futebol", parece ter dito entre linhas.

Durante discurso em Brasília, o vice-presidente Geraldo Alckmin – aquele mesmo que já foi chamado de "paulista frio" – revelou o tom do recado: "O presidente foi categórico: não podemos permitir que diferenças políticas contaminem o diálogo entre nações". E olha que, nos bastidores, todo mundo sabe como essa relação pode ser um campo minado.

O jogo diplomático em tempos de polarização

Não é segredo para ninguém que, nos últimos anos, a relação Brasil-EUA parecia uma gangorra emocional. De um lado, governos mais alinhados; de outro, aqueles trocando farpas como se o mundo fosse uma arena política. Lula, velho conhecido do xadrez internacional, parece ter decidido: chega de extremismos.

Alckmin, com aquela postura de quem já viu tudo na política, foi ainda mais direto: "Ou aprendemos a separar as coisas, ou vamos continuar patinando". A referência às recentes tensões comerciais entre os países ficou subentendida – mas ninguém na plateia teve dúvidas.

Os números que preocupam

  • Comércio bilateral caiu 12% no último ano
  • Investimentos americanos no Brasil em nível mais baixo desde 2016
  • 75% dos acordos tecnológicos congelados desde 2020

E não é que o pragmatismo pode estar voltando à moda? Enquanto isso, nos corredores do Itamaraty, os diplomatas respiram aliviados. Afinal, conduzir relações internacionais no meio de uma guerra cultural é como dançar tango num campo de minas – um passo em falso e... bom, você entendeu.

O recado de Lula, segundo analistas, parece mirar tanto em aliados quanto opositores. "Ninguém ganha quando transformamos política externa em briga de torcida organizada", comentou um experiente embaixador, preferindo não se identificar. E faz sentido – no mundo real, diferentemente das redes sociais, os países não podem se dar ao luxo de bloquear uns aos outros.