Pesquisa Genial/Quaest: Lula Lidera Todas as Possibilidades Eleitorais e Isola Adversários
Lula lidera todas as simulações eleitorais, aponta pesquisa

Os números não mentem — e dessa vez pintam um cenário bastante confortável para o atual ocupante do Palácio do Planalto. Uma pesquisa recente do Genial/Quaest, divulgada nesta quarta, mostra algo que vem dando o que falar nos círculos políticos: Lula segue firme e forte na dianteira, não importa o adversário.

O que mais chama atenção, na real, não é apenas a vantagem — que já era esperada — mas a maneira como o presidente vem se posicionando. Ele praticamente ignorou os principais oponentes, mantendo uma distância estratégica que, pelo visto, está funcionando. Quem diria, né?

Os números da disputa

Em um cenário com Simone Tebet, a vantagem é de 15 pontos. Se o oponente for Tarcísio de Freitas, sobe para 16. E se for Zema? 17 pontos de diferença. E olha que tem mais: contra Dino, a liderança chega a 21 pontos. Mas a verdadeira surpresa fica por conta do embate com Moro: 22 pontos de vantagem. Impressionante — ou previsível, dependendo de quem você pergunta.

Parece que o eleitorado não está muito a fim de mudanças radicais no momento. A estabilidade, ainda que relativa, fala mais alto.

Rejeição: quem sai perdendo?

Aqui é onde a coisa fica realmente interessante. Enquanto Lula mantém taxas de rejeição estáveis — em torno de 39% —, seus possíveis concorrentes não podem dizer o mesmo. Tarcísio aparece com 44% de avaliação negativa, seguido por Zema (45%) e Moro, que dispara com 59% de rejeição. Não é pouca coisa.

Sim, você leu certo: quase seis em cada dez eleitores não votariam no ex-juiz de jeito nenhum. Um número que, convenhamos, complica muito qualquer projeto eleitoral.

O jogo político por trás dos números

Não se engane: por trás desses percentuais secos existe um xadrez complexo. Lula não está apenas administrando a máquina pública — está também, e talvez principalmente, administrando narrativas. Ao não engajar diretamente com adversários, ele evita desgastes desnecessários e mantém o foco em seu governo.

É uma estratégia arriscada? Pode ser. Mas os números sugerem que, pelo menos por enquanto, está funcionando. O presidente parece confiante — e os dados lhe dão razão.

Claro, é cedo para cantar vitória. A política é um jogo de paciência e imprevistos. Mas uma coisa é certa: se as eleições fossem hoje, o Planalto continuaria nas mãos do mesmo inquilino.

E aí, surpreso? Eu não.