
O relógio tá correndo para o presidente Lula — e não é pouco. Até esta quarta-feira (17), ele precisa decidir se coloca o carimbo no projeto que aumenta o número de deputados federais de 513 para 526. Uma mudança que, convenhamos, não é exatamente o que o povo brasileiro estava pedindo na fila do pão.
O PL 282/2023 já passou pelo Congresso mais rápido que notícia ruim em rede social. Se sancionado, a bancada de São Paulo ganharia 4 novos representantes, Minas Gerais mais 3, e outros estados como Bahia, Rio e Paraná receberiam um acréscimo cada. Detalhe: tudo isso às vésperas das eleições municipais. Coincidência? Difícil acreditar.
O que está em jogo?
Os defensores — claro que tem — argumentam que a medida acompanha o crescimento populacional. Mas os críticos já estão de orelha em pé:
- Custo adicional de R$ 100 milhões por ano aos cofres públicos
- Mudança nas estratégias partidárias para 2026
- Possível desequilíbrio nas alianças estaduais
Numa sala do Planalto, assessores devem estar fazendo contas de padaria: vale a pena criar 13 novos cargos políticos quando a popularidade do governo oscila como ação de empresa de meme?
E os estados?
O bolo seria dividido assim:
- São Paulo: salta de 70 para 74 deputados
- Minas Gerais: vai de 53 para 56
- Outros 7 estados ganhariam um representante extra
Enquanto isso, o Distrito Federal — onde a temperatura política sempre parece dois graus acima do normal — continuaria com seus 8 representantes. Justo? Cada um que tire suas conclusões.
Se Lula bater o martelo até amanhã, a mudança valeria já para 2026. Caso contrário, o projeto volta para a gaveta do Congresso. E aí, o que você acha que ele vai fazer? Aposto que nem os ministros mais próximos sabem com certeza.