
Numa jogada que mistura pragmatismo e esperteza política, o presidente Lula decidiu abrir o jogo: prefere sentar à mesa de negociações a entrar numa queda de braço com os Estados Unidos. E não é por menos — o fantasma das tarifas sobre produtos brasileiros assombra nossos exportadores.
"Tem horas que é melhor conversar do que brigar", disse um assessor próximo ao Planalto, enquanto tomava um café requentado — desses de reunião que nunca acaba. A estratégia? Evitar a todo custo um "tarifaço" que poderia dar um nó na nossa balança comercial.
Por trás dos panos
Enquanto isso, nos corredores do Itamaraty, a movimentação é intensa. Diplomatas veteranos — aqueles que já viram de tudo — trabalham num plano B caso o diálogo emperre. "Ninguém quer repetir 2019", comentou um deles, referindo-se às tensões passadas.
Os números assustam:
- Mais de US$ 30 bilhões em exportações em risco
- Setor agrícola na mira
- Possível efeito dominó em outros mercados
Mas calma lá! Nem tudo está perdido. Fontes próximas à Casa Branca sugerem que os americanos também não estão com sangue nos olhos. "Eles sabem que o Brasil não é China", brincou um analista, enquanto ajustava os óculos.
O jogo das cadeiras musicais
No meio desse xadrez geopolítico, Lula parece ter aprendido com os erros do passado. Em vez de discursos inflamados, optou por uma abordagem mais sutil — quase um tango diplomático, onde cada passo é calculado.
"O presidente entendeu que, às vezes, o silêncio negocia melhor que o grito", observou um ex-ministro, entre um gole de água e outro. A questão agora é: será que Washington vai dançar conforme a música?
Enquanto isso, nos portos brasileiros, os contêineres seguem embarcando — mas com um pé atrás. Afinal, nesse jogo de interesses, até o vento pode mudar de direção.