Líder do PL no Senado dispara críticas a Motta e Alcolumbre após prisão de Bolsonaro
Líder do PL critica colegas após prisão de Bolsonaro

O clima no Senado Federal está longe de ser tranquilo. Depois da prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro, o líder do PL na casa, Carlos Portinho (RJ), soltou o verbo — e como! — contra os colegas Davi Alcolumbre (DEM-AP) e Eduardo Gomes (MDB-DF).

"Tem gente que prefere ficar de conchinha com o poder do que defender princípios", disparou Portinho, sem citar nomes, mas deixando claro quem eram os alvos. O tom era de quem engoliu um limão azedo e ainda teve que sorrir.

O estopim da crise

Tudo começou quando o ex-presidente foi levado para a prisão. Enquanto isso, no Senado, a bancada do PL parecia um vespeiro cutucado com vara curta. Portinho não escondeu a frustração com a postura de alguns senadores que, segundo ele, "fingem que não veem o óbvio".

"Quando a gente mais precisava de união, alguns preferiram jogar no time adversário", reclamou o parlamentar, com aquele misto de indignação e cansaço típico de quem já viu esse filme antes.

As críticas diretas

Eduardo Gomes, que preside a CPI dos Atos Golpistas, foi um dos alvos mais visados. "Tem senador que parece mais preocupado em agradar a mídia do que em fazer justiça", disparou Portinho, num tom que beirava o sarcasmo.

Já Davi Alcolumbre, ex-presidente do Senado, levou uma alfinetada por supostamente "ficar em cima do muro". "Ou você está de um lado, ou está do outro. Esse meio-termo só beneficia quem quer ver o circo pegar fogo", completou o líder do PL.

O contexto político

Enquanto isso, nos bastidores, o clima era de quem tenta apagar incêndio com copo d'água. Alguns senadores mais moderados tentavam acalmar os ânimos, mas — convenhamos — quando o assunto é Bolsonaro, a moderação parece artigo de luxo.

Rodrigo Pacheco (PSD-MG), atual presidente do Senado, tentou jogar água na fervura. "Precisamos manter o equilíbrio institucional", declarou, com aquela voz calma de quem sabe que está sentado em cima de um barril de pólvora.

Mas será que alguém estava ouvindo? Pelos corredores, os comentários iam de "crise fabricada" a "golpe midiático", dependendo de qual bancada você perguntava. Típico do Congresso brasileiro — um lugar onde até os acordos são desacordados.