
Não é todo dia que um dos principais nomes do Planalto precisa dar uma pausa nos holofotes políticos por motivos de saúde. José Guimarães, o braço direito de Lula na Câmara, vai encarar o bisturi em breve — e não é qualquer procedimento.
Segundo fontes próximas ao parlamentar, o líder governista foi diagnosticado com uma arritmia cardíaca complexa durante exames de rotina. "Ele vinha sentindo umas pontadas estranhas no peito, mas achou que era só cansaço", contou um assessor que prefere não se identificar.
O que sabemos sobre a cirurgia
A intervenção médica, marcada para as próximas semanas no Hospital Sírio-Libanês em Brasília, é considerada de média complexidade. Especialistas ouvidos pela reportagem explicam que se trata de uma ablação por cateter — técnica minimamente invasiva para corrigir o ritmo cardíaco.
- Duração estimada: 3 a 4 horas
- Tempo de recuperação: 7 a 10 dias
- Risco de complicações: abaixo de 5%
"Na prática, é como consertar um fio desencapado no sistema elétrico do coração", compara o cardiologista Dr. Renato Barreto, que não está envolvido no caso.
Efeitos no tabuleiro político
Enquanto isso, nos bastidores do Congresso, a notícia causou um rebuliço digno de novela das nove. Guimarães não é só mais um deputado — é o articulador-chefe do governo no plenário. Sem ele, quem segura as pontas?
O Planalto já tem um plano B: o deputado Ricardo Barros (PP-PR) deve assumir interinamente a liderança. Mas convenhamos — substituir Guimarães é como trocar o motor de um avião em pleno voo. O cara tem uma habilidade ímpar para costurar acordos, até com a oposição.
"Vai deixar saudades, mesmo que temporárias", brincou um colega de bancada, sob condição de anonimato. "Ele é daqueles que consegue convencer até pedra a rolar ladeira abaixo."
Repercussão e mensagens de apoio
De Xandão a Bolsonaro, as redes sociais viraram um verdadeiro púlpito de votos de recuperação. Até o presidente Lula ligou pessoalmente para o aliado, oferecendo "todo apoio necessário".
Nos corredores do Congresso, o clima é de preocupação genuína — algo raro nesse ambiente. "A saúde vem primeiro, política a gente resolve depois", resumiu uma deputada da base aliada.
Enquanto o relógio marca os dias para a cirurgia, uma coisa é certa: o coração de Guimarães pode estar com problemas, mas seu lugar no cenário político continua batendo forte. Resta saber como ficará o ritmo das negociações sem seu maestro habitual.