
Nesta quarta-feira, o governo federal decidiu botar a mão no bolso — e não foi pouco. Um pacote de R$ 30 bilhões foi anunciado para ajudar empresas nacionais que ainda sofrem com os efeitos das tarifas comerciais impostas por Donald Trump durante seu mandato nos EUA. Quem diria que, anos depois, aquele baque ainda daria dor de cabeça?
Segundo fontes do Planalto, o dinheiro não vai cair do céu — claro. Haverá critérios rigorosos para acesso aos recursos, com prioridade para setores mais afetados, como aço, alumínio e produtos agrícolas. "É uma resposta tardia, mas necessária", admitiu um assessor que preferiu não se identificar.
Como vai funcionar na prática?
O programa, batizado de "Resgate Estratégico", terá três pilares principais:
- Linhas de crédito com juros abaixo do mercado
- Subsídios para exportação
- Incentivos fiscais temporários
Detalhe curioso: parte dos recursos virá de um fundo criado ainda em 2022, que ficou "parado" aguardando definições jurídicas. Demorou, mas chegou — como diz o ditado popular.
Setores mais beneficiados
Quem trabalha com carnes, suco de laranja e produtos siderúrgicos pode respirar aliviado. Esses segmentos foram os que mais sangraram com as tarifas americanas e terão tratamento especial. Já o pequeno empresário — aquele que mal tem CNPJ — dificilmente verá cor desse dinheiro. A vida não é justa, né?
Economistas ouvidos pelo JB foram divididos: enquanto alguns elogiam a "iniciativa tardia porém corajosa", outros criticam o "socorro seletivo" que ignora micro e pequenas empresas. "É como dar um band-aid num paciente que precisa de cirurgia", resumiu um especialista do setor agrícola.
O Ministério da Economia promete divulgar nos próximos dias o edital completo com regras e prazos. Enquanto isso, as associações industriais já fazem fila para tentar garantir sua fatia desse bolo bilionário. Afinal, quando o governo abre a torneira, melhor chegar primeiro — antes que a água acabe.