
O clima nos bastidores de Brasília está mais tenso do que fila de banco em dia de pagamento. Gleisi Hoffmann, presidente nacional do PT, soltou um alerta que fez muitos políticos engolirem seco: há risco real de uma debandada de aliados antes das eleições de 2026.
Numa conversa que misturava preocupação com cálculo político — como sempre acontece por lá —, a petista deixou escapar que União Brasil e PP poderiam "abrir as asas" do governo mais cedo do que se imaginava. Não é exatamente uma novidade, mas quando vem da boca da Gleisi, a coisa ganha outro peso.
O xadrez político que ninguém quer perder
Você já viu aqueles jogos de xadrez onde os participantes ficam horas estudando cada movimento? Pois a política em 2024 parece exatamente isso, só que com peças vivas e egos do tamanho do Congresso Nacional. O que está em jogo?
- O PP, que hoje tem a segunda maior bancada na Câmara, está com um pé atrás desde as últimas reformas ministeriais
- A União Brasil — aquela mistura de DEM com PSL — anda fazendo cara feia para alguns projetos do Planalto
- O centrão, como sempre, balança conforme o vento (e o orçamento secreto)
Não é de hoje que esses partidos dão sinais de cansaço. Mas 2026 está logo ali, e como diz o ditado: "em time que está ganhando não se mexe". Só que... será que ainda estão ganhando?
Os números que assustam (ou não)
Nas pesquisas, o governo até que se sustenta. Mas política não se faz só de porcentagens — tem aquela velha história dos acordos nos corredores, das indicações que não saem, das promessas que viram pó. E aí, meu amigo, a conta começa a não fechar.
Gleisi sabe disso melhor do que ninguém. Com experiência de sobra nesse tabuleiro capenga, ela percebeu o cheiro de crise antes mesmo dos outros. "É melhor prevenir do que remediar", deve ter pensado ao levantar a bola publicamente.
E agora, José?
O que esperar dos próximos meses? Bom, se depender da habilidade política do Planalto:
- Mais cargos para acomodar insatisfeitos (sempre funciona, até certo ponto)
- Negociação de pautas prioritárias para cada partido (leia-se: orçamento)
- Aquela velha cartada emocional: "vamos unir forças contra o extremismo"
Mas convenhamos: em ano de eleição municipal, tudo pode mudar num piscar de olhos. Os partidos já estão de olho nos prefeituráveis, e alianças locais costumam falar mais alto do que as nacionais.
Uma coisa é certa: se o desembarque acontecer mesmo, o governo vai precisar de muita criatividade — e talvez um milagre — para segurar a barra até 2026. Gleisi já deu o toque. Agora é esperar para ver quem vai dançar conforme a música.