
Um grupo de deputados federais do Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu cruzar a fronteira e se dirigir a Buenos Aires nesta semana. O motivo? Participar de uma grande marcha em defesa da ex-presidente argentina Cristina Kirchner, que enfrenta desafios políticos e judiciais em seu país.
Segundo fontes próximas aos parlamentares, a iniciativa partiu de uma articulação interna do partido, que vê na situação de Kirchner um paralelo com os embates políticos vividos no Brasil. "É uma demonstração de solidariedade internacional entre forças progressistas", afirmou um dos deputados que integra a comitiva.
Os detalhes da viagem
A delegação brasileira deve chegar à capital argentina ainda nesta quarta-feira (19). O plano é que os parlamentares se juntem a militantes e outros representantes políticos em um ato público marcado para quinta-feira (20), na emblemática Plaza de Mayo.
Entre os objetivos declarados da viagem estão:
- Mostrar apoio à ex-presidente argentina
- Fortalecer os laços entre as esquerdas dos dois países
- Discutir estratégias conjuntas para a região
Repercussão política
A iniciativa já gera debates no Congresso Nacional. Enquanto aliados elogiam a postura dos petistas, oposicionistas criticam o uso de recursos públicos para o que classificam como "ativismo político internacional".
Especialistas em relações internacionais ponderam que o movimento pode ter impacto nas já complexas relações entre Brasil e Argentina, especialmente considerando as diferentes orientações políticas dos governos atuais dos dois países.
O episódio reacende discussões sobre os limites da atuação parlamentar em questões internacionais e o papel dos partidos políticos na diplomacia não-oficial.