
Parece que os corredores dos museus em Washington estão prestes a virar um campo minado político. A Casa Branca anunciou nesta quarta (14) que vai botar a lupa nas exposições culturais da capital americana — e o objetivo é claro: cortar qualquer narrativa que cheire a partidarismo.
Não é exagero dizer que essa medida vai dar o que falar. Afinal, quem define o que é "neutralidade" num país dividido ao meio? A ordem vem direto do alto escalão, mas já tá causando arrepios no meio artístico.
O que muda na prática?
Basicamente, uma equipe de especialistas — ou "caçadores de viés", como alguns já apelidaram — vai passar pente fino em:
- Textos explicativos das exposições
- Seleção de obras e artistas
- Atividades educativas relacionadas
E olha que interessante: museus que recebem verba federal terão prioridade na fiscalização. Quem não se adequar pode ver o dinheiro minguar.
Entre a cruz e a espada
De um lado, defensores da medida argumentam que instituições públicas não podem ser palanque ideológico. "Museu é pra educar, não doutrinar", soltou um assessor presidencial em off.
Do outro, curadores temem censura disfarçada. "Arte sempre foi reflexo do seu tempo — e tempos políticos geram arte política", rebate uma diretora de museu que preferiu não se identificar.
O timing dessa iniciativa também é... digamos, curioso. Num ano eleitoral, tudo vira potencial munição. Será coincidência?
Enquanto isso, nas redes sociais, a briga já esquentou:
- "Finalmente! Parece que alguém acordou pra lavagem cerebral em museus"
- "Daqui a pouco vão querer censurar Picasso porque era comunista"
- "E quem decide o que é neutro? O partido no poder?"
O fato é que Washington — aquela cidade que respira política — agora vira também cenário de uma batalha cultural que promete deixar marcas. E você, acha que arte e política devem andar separadas?