
O plenário virou um verdadeiro campo de batalha nesta terça-feira (6). Enquanto a maioria tentava debater o projeto que amplia a isenção do Imposto de Renda para camadas mais pobres, um grupo de aliados do ex-presidente Bolsonaro decidiu fazer das suas — ocuparam o auditório principal e transformaram a sessão num verdadeiro circo.
"É de cair o queixo", comentou um assessor parlamentar que preferiu não se identificar. "Em vez de discutir propostas, ficam fazendo barulho como se estivessem num comício."
O que está em jogo?
O projeto em questão — que já vinha sendo discutido há semanas — prevê benefícios fiscais para quem ganha até dois salários mínimos. Parece simples, né? Mas na política, como sabemos, nada é tão direto assim.
Os bolsonaristas, por sua vez, alegam que a medida é "eleitoreira" e vai "quebrar o país". Só que, cá entre nós, o timing da baderna chamou atenção: exatamente quando a proposta começava a ganhar tração.
Cena constrangedora
Relatos de quem estava lá descrevem cenas dignas de novela:
- Um deputado subiu na mesa gritando "golpe"
- Outros distribuíam panfletos durante a sessão
- A mesa diretora teve que suspender os trabalhos por quase uma hora
"Isso aqui tá parecendo escola pública em dia de greve", resmungou um servidor de carreira, visivelmente irritado com a situação.
E o pior? A manobra atrasou em pelo menos 48 horas a votação de um projeto que poderia beneficiar milhões de brasileiros. Convenhamos — não parece coincidência, considerando que estamos a menos de três meses das eleições municipais.
Enquanto isso, nas redes sociais, a polarização bateu recordes. De um lado, os que chamam a ação de "obstrução democrática". Do outro, quem defende o protesto como "resistência necessária".
Uma coisa é certa: o clima no Congresso Nacional está mais quente que café de camelô em agosto. E pelo visto, a temperatura só vai subir daqui pra frente.