
Parece brincadeira, mas não é. Enquanto o país debate o preço do feijão e o desemprego bate recordes, um grupo de bolsonaristas resolveu cutucar a onça com vara curta — e quem pode pagar o pato são justamente os trabalhadores que ganham menos.
O que está rolando? Uma proposta maluca que pode acabar com a isenção do Imposto de Renda para quem recebe até dois salários mínimos. Sim, você leu certo: quem mal consegue pagar as contas básicas pode ter que desembolsar ainda mais.
O jogo político por trás da jogada
Os apoiadores do ex-presidente — aqueles mesmos que adoram falar em "defesa do trabalhador" — estão fazendo lobby pesado no Congresso. A desculpa? "Equilibrar as contas públicas". Mas entre nós, parece mais um tiro no pé do que solução.
Dados do IBGE mostram que quase 30 milhões de brasileiros se encaixam nessa faixa salarial. Tirar a isenção seria como:
- Colocar mais peso nas costas de quem já está cambaleando
- Criar uma burocracia infernal para arrecadar pouco
- Dar um tiro no próprio pé da economia popular
E o governo com isso?
O Planalto, por enquanto, faz cara de paisagem. Mas especialistas ouvidos pela reportagem alertam: se essa ideia pegar, pode virar uma bola de neve. "É o tipo de medida que parece pequena, mas tem efeito cascata devastador", dispara o economista Carlos Lima, da FGV.
E não para por aí. O projeto — que ainda está nos bastidores — pode:
- Reduzir o poder de compra das famílias mais pobres
- Aumentar a inadimplência
- Jogar contra a recuperação econômica
Pra piorar, a proposta surge no mesmo momento em que o Congresso discute reduzir impostos para setores privilegiados. Coincidência? Difícil acreditar.
E agora, José?
Enquanto os políticos discutem números, o cidadão comum já sente no bolso:
Gasolina — nas alturas
Aluguel — um absurdo
Feira — só de olhar dói
E agora querem tirar até o pouco que sobra? A pergunta que não quer calar: cadê o tal "Brasil que trabalha" que tanto falam?
PS: Se você acha que isso não vai pegar, lembre-se da reforma da Previdência. No começo, todo mundo dizia que era impossível...