
O Paraná resolveu não esperar pelo trâmite burocrático — e já está aplicando na prática as mudanças que flexibilizam o licenciamento ambiental, previstas no polêmico projeto aprovado pela Câmara dos Deputados. Um verdadeiro "ensaio" do que pode vir por aí, segundo analistas.
E olha que a coisa não é simples: de um lado, o governo estadual garante que a medida vai "desenrolar" projetos parados há anos. Do outro, ambientalistas torcem o nariz — temem que a natureza saia no prejuízo.
O que muda na prática?
Basicamente, obras consideradas de "baixo impacto" agora podem seguir um caminho mais rápido. Parece bom, né? Mas é aí que mora o perigo — ou a oportunidade, depende de quem você pergunta.
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"É como tirar o colete salva-vidas antes de saber nadar", dispara um biólogo que prefere não se identificar. Já o secretário de Meio Ambiente rebate: "Estamos trocando o martelo pelo bisturi — precisamos de precisão, não de força bruta".
E os especialistas?
A comunidade técnica está dividida — uns falam em "modernização necessária", outros em "tiro no pé". O que todos concordam? Que o monitoramento pós-obra precisa melhorar, e muito. Senão, vira bagunça.
Curiosamente, alguns municípios já vinham fazendo "gambiarras legais" há tempos. Agora, o estado oficializa o que antes era feito nas coxas. Será que vai dar certo? Só o tempo — e os relatórios de impacto — dirão.