
Eis que a poeira levantada pela Petrobras ainda não baixou, e já surge um novo capítulo nessa novela que mistura petróleo, política e meio ambiente. Marina Silva, aquela que não tem papas na língua quando o assunto é sustentabilidade, soltou o verbo contra os planos da estatal.
Numa fala que misturou dados técnicos com a paixão de quem já lutou na floresta, a ministra disparou: "Estamos em 2025, gente! Não dá pra fingir que o clima tá brincando de mudar". A referência, claro, aos últimos relatórios do IPCC que mostram o termômetro global subindo mais rápido que preço de pão em inflação.
O cerne da discórdia
O xis da questão? A Petrobras quer abrir novas frentes de exploração em áreas sensíveis. Marina, com aquela cara de "tá de brincadeira?", rebate:
- Riscos ambientais "de fazer tremer" ecossistemas costeiros
- Investimentos em renováveis que "não podem ficar no banco de reservas"
- Uma transição energética que "ou é justa ou não será"
Não foi um discurso de tréguas. A cada ponto, a ministra enfatizava números como quem conta caso de polícia: aumento de 30% nos projetos de energia solar no Nordeste, queda recorde nos custos de eólica offshore... Dados que, na visão dela, mostram que "o futuro já bateu na porta".
O outro lado da moeda
Claro que a Petrobras não ficou calada. Fontes da empresa - que pediram anonimato, como sempre - soltaram aquele argumento clássico: "geração de empregos", "soberania energética", "necessidade de transição gradual". Mas convenhamos, soou meio como disco riscado perto da fala inflamada da ministra.
E olha que o timing não poderia ser mais tenso. Enquanto isso, no Congresso, rola uma queda de braço sobre o marco regulatório das renováveis. Alguns deputados, claramente influenciados pelo lobby do petróleo, tentam empurrar medidas que, nas palavras de Marina, "nos jogariam de volta aos anos 1950".
O que esperar desse cabo de guerra? Difícil dizer. Mas uma coisa é certa: com Marina no comando do Meio Ambiente, o assunto não vai esfriar tão cedo. Como ela mesma finalizou: "Ou navegamos na onda da inovação, ou afundamos com os dinossauros do carbono". E aí, de que lado você está?