Brasil na Mira: Críticas à Atuação na Conferência Mundial do Plástico
Brasil criticado na Conferência do Plástico

Não foi nada bonito. O Brasil, que costuma se vangloriar de suas políticas ambientais, levou uma rasteira verbal na Conferência Mundial do Plástico. E olha que não foi por pouco — a delegação brasileira parece ter cometido uma série de gafes que deixaram até os mais diplomáticos de cabelo em pé.

O que deu errado?

Primeiro, a postura. Enquanto outros países apresentavam planos concretos para reduzir o uso de plásticos descartáveis, o time brasileiro — pasme — defendeu a "importância econômica" da indústria do plástico. Como se isso justificasse continuar poluindo os oceanos. Não é à toa que os olhares nos corredores variavam entre o espanto e a decepção.

Detalhe: o Brasil é o 4º maior produtor de lixo plástico do mundo. E, pelo visto, está pouco se lixando para mudar essa posição.

Falas que causaram polêmica

  • "Precisamos de mais tempo" — essa foi a resposta quando pressionados sobre metas de redução
  • "As embalagens plásticas são essenciais para o agronegócio" — como se não existissem alternativas
  • Silêncio constrangedor quando questionados sobre o descumprimento de acordos anteriores

Ativistas presentes no evento não pouparam críticas. "É como assistir alguém afogando e o salva-vidas discutindo o preço do resgate", disparou uma representante de ONG ambiental, com aquele misto de raiva e cansaço que só quem luta há anos contra a maré conhece.

E agora?

Enquanto países como Canadá e Reino Unido anunciaram medidas duras contra os plásticos de uso único, o Brasil parece ter escolhido o caminho contrário — mais plástico, menos vergonha na cara. A questão é: até quando?

Com a Amazônia já sob os holofotes internacionais, será que precisávamos mesmo de mais essa má publicidade? Parece que para alguns no governo, a resposta é um sonoro "sim".

Enquanto isso, nas praias brasileiras, as tartarugas continuam confundindo sacolas plásticas com águas-vivas. Coincidência? A gente sabe que não.