
A coisa ficou feia na Universidade de São Paulo, e a reitoria decidiu botar o pé no acelerador. Depois daquela cena lamentável de invasões à Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), a USP resolveu partir para a justiça contra o grupo Reconstrução Nacional. Não foi pouco não.
O negócio começou a esquentar quando uns manifestantes — dizendo-se conservadores — resolveram fazer arruaça no campus. Invadiram auditórios, interromperam aulas e criaram um clima pesadíssimo. A coisa foi tão séria que a própria reitoria emitiu um comunicado firme, condenando o que chamou de "atos de intolerância e violência".
Processo na mesa e segurança reforçada
Agora a universidade não vai ficar só no discurso. Partiu para a ação mesmo! Entrou com processo judicial contra o tal grupo e ainda anunciou um pacote de medidas de segurança. Vão aumentar a vigilância, contratar mais seguranças e instalar câmeras extras. Querem evitar que episódios assim se repitam — e fazem bem.
Não é de hoje que a FFLCH vive sob tensão. A faculdade, conhecida por seu perfil crítico e progressista, sempre foi alvo de ataques de grupos conservadores. Mas dessa vez passou do limite. Professores e alunos relataram sentir medo de circular pelo campus. Imagina ter que dar aula com medo de ser interrompido por gente gritando e ameaçando?
O que diz o grupo?
O Reconstrução Nacional, até onde se sabe, se defende dizendo que só estava exercendo "liberdade de expressão". Mas convenhamos: há uma diferença enorme entre manifestar opinião e invadir espaço alheio para perturbar o sossego. A USP deixou claro que não vai tolerar esse tipo de comportamento.
E olha, a medida judicial não é só simbólica não. A universidade quer responsabilização civil e criminal pelos danos causados. Querem indenização pelos prejuízos materiais — quebraram coisas, sujaram paredes — e pelos transtornos morais causados à comunidade acadêmica.
O clima no campus
Quem circula pela FFLCH esses dias sente uma energia diferente. Há mais seguranças nas entradas, conversas sérias nos corredores, e um misto de alívio e apreensão. Alunos com quem troquei uma ideia disseram que aprovaram as medidas, mas ainda temem retaliações.
"A gente quer estudar em paz, debater ideias sem medo de violência", me disse uma estudante de Letras que preferiu não se identificar. Ela tem razão. Universidade tem que ser espaço de diálogo, não de pancadaria ideológica.
E não para por aí: a reitoria também vai criar um canal específico para denúncias de assédio e intolerância. Querem dar mais agilidade no atendimento a quem se sentir ameaçado. Medida mais que necessária, se me perguntam.
E agora?
O processo segue seu curso, a segurança foi reforçada, e a comunidade tenta retomar a normalidade. Mas fica o alerta: liberdade de expressão não significa liberdade para oprimir, invadir ou ameaçar. A USP mandou um recado claro — e other universidades devem estar prestando atenção.
Que fique de lição: ambiente académico precisa ser protegido de radicalismos. Do contrário, todo mundo perde.