
O Tribunal de Justiça de São Paulo virou o jogo nesta segunda-feira (22) com uma daquelas cerimônias que fazem história — mas que pouca gente fica sabendo nos detalhes. Vinte novos juízes substitutos, aprovados no último concurso, finalmente vestiram a toga e juraram cumprir a Constituição. E olha, não foi só discurso bonito não.
O desembargador Ricardo Anafe, que comandou o evento, soltou a frase que dá o tom: "A toga pesa, mas a responsabilidade pesa mais". Quem estava lá garante que deu até arrepio. Os novos magistrados — 11 mulheres e 9 homens — pareciam misturar alívio com aquela ansiedade de quem sabe que o trabalho de verdade começa agora.
Quem são esses juízes?
Dá pra dizer que veio de tudo um pouco nessa turma. Tem desde especialistas em direito digital até experts em questões ambientais. A diversidade — que todo mundo fala mas poucos praticam — apareceu até nos números: 55% da turma é feminina. Algo raro há uma década atrás.
E não pense que foi só festa. O presidente do TJ-SP, desembargador Fernando Torres Garcia, deixou claro: "A população espera agilidade e transparência". Traduzindo? O judiciário tá precisando correr contra o tempo — e esses novos juízes são a aposta para destravar processos que emperram a máquina.
O que muda na prática?
- Menos processos acumulados nas varas
- Julgamentos mais ágeis — principalmente nas comarcas do interior
- Renovação de ideias com profissionais recém-chegados
Um detalhe curioso? Pela primeira vez em anos, metade dos nomeados já tinha experiência prévia na magistratura como substitutos temporários. Ou seja: não são totalmente "verdes" no ofício. Alívio para quem teme juízes aprendendo na prática com casos reais.
E aí, o que esperar? Se depender do clima na cerimônia, parece que veio para ficar uma geração menos apegada a formalismos e mais focada em resultados. Mas como diz o ditado popular: "De boas intenções, o inferno tá cheio". O teste mesmo será quando a primeira decisão polêmica aparecer.