Eis que a Justiça, mais uma vez, pisa no freio quando o assunto é a recuperação da Avibras. Dessa vez, o plano B — aquele que todo mundo achou que poderia ser a salvação — foi parar no congelador por ordem judicial. E olha que a coisa não é simples: estamos falando de uma das maiores empresas de defesa do país, com um histórico que mistura glórias e tropeços.
O que exatamente aconteceu?
Na terça-feira (15), um juiz — sem muita cerimônia — decidiu suspender o plano alternativo de recuperação que estava sendo costurado a portas fechadas. A justificativa? Falta de transparência e possíveis irregularidades no processo. Algo que, convenhamos, não surpreende nesse tipo de negociação.
Detalhe curioso: a empresa já estava em recuperação judicial desde 2023 (sim, faz tempo), mas o plano original simplesmente não decolou. Daí veio essa tentativa alternativa, que agora também está com os dias contados — pelo menos por enquanto.
E agora, José?
O Vale do Paraíba, onde a Avibras tem suas raízes, fica naquele suspense de novela mexicana. Afinal, estamos falando de empregos, fornecedores locais e toda uma cadeia que depende da empresa. Alguns especialistas que acompanham o caso dizem, entre um café e outro, que essa decisão pode ser só um obstáculo temporário. Outros já torcem o nariz e falam em "puxar o freio de emergência".
O que sabemos:
- A decisão foi tomada pela 2ª Vara Empresarial de São José dos Campos
- Credores e funcionários estão na expectativa — e não é das boas
- O Ministério Público apontou "vícios insanáveis" no novo plano
E enquanto isso, a Avibras — aquela que já foi o orgulho da indústria nacional — segue nesse vai e vem judicial que mais parece uma montanha-russa sem freios. Resta saber se ainda há combustível para manter as luzes acesas.
