Eis que a justiça fez seu trabalho — e dessa vez no mundo dos concursos de beleza. Tuany da Silva, aquela candidata que quase ninguém lembrava, acabou de ganhar um título que deveria ser dela desde o ano passado. A corte decidiu: ela é, oficialmente, a verdadeira Miss Madalena 2024.
Não foi fácil chegar até aqui. A moça praticamente teve que brigar na justiça para provar que o concurso tinha sido — como dizem por aí — "uma bagunça organizada". E olha que não estamos falando de brincadeira: a prefeitura agora tem que desembolsar R$ 15 mil por ter deixado a coisa toda virar um verdadeiro circo.
O que deu errado?
Parece até roteiro de novela das seis:
- Inscrições abertas sem critério claro
- Julgamento que mais parecia um jogo de adivinhação
- E, claro, aquela velha história de "quem indica"
Tuany, que tinha tudo para ganhar — beleza, simpatia e até um discurso pronto sobre empoderamento feminino — acabou ficando de fora do pódio. Enquanto isso, outras candidatas com menos preparo levaram a coroa. Não dá pra culpar a moça por ter ficado com a pulga atrás da orelha.
O valor da indenização
Os R$ 15 mil podem até parecer pouco para quem não viveu o constrangimento. Mas convenhamos: quantos meses de salário isso representa para uma jovem da região serrana? A juíza acertou em cheio ao considerar não só o prejuízo moral, mas também o tempo perdido e os gastos com advogado.
E tem mais — a decisão estabelece um precedente importante. Outras cidades que organizam esses eventos agora sabem: concurso de beleza não é terra sem lei. Tem regra, tem critério, e principalmente, tem consequência quando a coisa é feita nas coxas.
Será que a prefeitura vai recorrer? Difícil dizer. Mas uma coisa é certa: Tuany já saiu vitoriosa dessa batalha. E olha que nem precisou desfilar em traje de gala no tribunal.
