
O clima pesava no ar quando Tarcísio de Freitas saiu do encontro. Dá pra ver nos olhos dele que a coisa mexeu fundo. O governador paulista, conhecido por seu pulso firme, parecia genuinamente abalado após visitar Jair Bolsonaro.
"É triste ver um ex-presidente na condição que ele está", confessou Tarcísio, com aquela voz mais baixa que costuma usar nos momentos mais sérios. A frase saiu carregada de uma emoção que raramente transparece na política profissional.
O momento da visita
Segunda-feira, 29 de setembro, não era um dia qualquer. Enquanto boa parte do país discutia outros assuntos, Tarcísio se encontrava com Bolsonaro em um daqueles encontros que marcam época. O que será que se passou naquela sala? Que palavras foram trocadas entre o aliado fiel e o ex-presidente que hoje enfrenta batalhas jurídicas de consequências imprevisíveis?
O governador não entrou em detalhes íntimos, mas a mensagem principal ficou clara como água: ele acredita que chegou a hora do país virar essa página conturbada.
A defesa da anistia
"Precisamos pacificar o país", afirmou Tarcísio, com aquela convicção de quem já pensou muito no assunto. A proposta? Uma anistia que possa, segundo ele, "costurar as feridas" que ainda sangram no tecido social brasileiro.
Não é uma ideia nova, claro. A história do Brasil já viveu outros momentos de anistia, cada um com seus defensores ardentes e críticos ferrenhos. Mas ouvir isso vindo de Tarcísio, num momento tão delicado, dá um peso diferente à discussão.
Será que o país está mesmo pronto para esse tipo de gesto? A pergunta fica no ar, ecoando nos corredores do poder e nas redes sociais, onde as opiniões já se dividem como facções em campo de batalha.
As reações começam
Enquanto Tarcísio falava, você podia quase ouvir o barulho das teclas sendo digitadas furiosamente por todo o espectro político. Uns vêm a defesa da anistia como coragem política. Outros como concessão perigosa.
O que ninguém pode negar é que o governador colocou o dedo numa ferida que ainda dói em muita gente. Essa história toda me lembra aqueles filmes onde o personagem principal precisa tomar uma decisão impossível - qualquer caminho que escolher vai deixar alguém insatisfeito.
O tempo dirá se a proposta de Tarcísio ganhará tração ou se será mais um capítulo nas eternas divisões que marcam nossa política. Por enquanto, o que temos é a imagem de um político emocionado e uma proposta ousada em tempos de polarização extrema.