
Pois é, parece que a pressão finalmente deu certo. E não foi pouca, hein? O líder do governo na Câmara, José Guimarães — o famoso Motta — acabou cedendo aos apelos do PL e resolveu colocar na pauta, em regime de urgência, aquele polêmico projeto de anistia de dívidas que tá dando o que falar.
Não é brincadeira não. A proposta, que já passou pelo Senado, pode perdoar algo em torno de R$ 30 bilhões em débitos de empresas com a União. Trinta bilhões! Dá pra fazer muita coisa com isso, não é mesmo?
O que mudou de uma hora pra outra? Bom, o presidente da Câmara, Arthur Lira, recebeu um sinal verde e tanto. O aval veio diretamente do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, autorizando que a votação seja feita direto no Plenário, sem precisar passar pelas comissões. Já imaginou? Um atalho e tanto.
E olha só como as coisas funcionam: o PL, partido do ex-presidente Bolsonaro, tá fazendo uma pressão danada. Eles querem muito a aprovação desse texto. Tanto que ameaçaram, e não foi de brincadeira, dificultar a vida do governo em outras votações importantes se o projeto não andasse. Jogou pesado.
O projeto em si, o PL 5.474/2023, é daqueles que divide opinião. De um lado, tem gente que defende que ele vai ajudar na recuperação de um monte de empresa — um fôlego pra quem tá sufocado. Do outro, a galera fica preocupada com o impacto nas contas públicas. Afinal, R$ 30 bi é um baita rombo.
A Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) já soltou o verbo. Eles são contra, e dizem que a medida pode criar um precedente perigoso. O pessoal do mercado financeiro também não gostou muito da ideia. Mas, mesmo assim, a máquina política seguiu em frente.
O mais curioso é que, originalmente, o governo não queria nem saber desse projeto. Mas eis que, de repente, muda o discurso. Dizem agora que, se for aprovado, vão tentar incluir algumas mudanças para tentar reduzir o prejuízo. Malandro é o malandro, mané é o mané.
No fim das contas, a bola agora tá com o Plenário. Com a urgência aprovada, a votação pode rolar a qualquer momento. E aí, será que vai passar? O que você acha?