Moraes nega pedido de Mauro Cid: Tornozeleira eletrônica permanece no pé do ex-ajudante
Moraes nega pedido de Mauro Cid para retirar tornozeleira

Era uma daquelas quartas-feiras com gosto de decisão judicial importante — e o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, não deixou por menos. Negou, categoricamente, o pedido da defesa de Mauro Cid para retirar a tornozeleira eletrônica que o ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro carrega no tornozelo.

Parece que a coisa tá preta — ou melhor, digital — para o militar. A alegação dos advogados era de que ele estaria colaborando com as investigações. Mas Moraes, ah, Moraes… não comprou essa narrativa. Na visão dele, não há motivos para afrouxar as medidas cautelares.

Nada de novo sob o sol de Brasília, diriam alguns. Mas a decisão tem cheiro de mensagem. Uma daquelas bem claras, sabe? Do tipo "aqui a gente leva a sério".

O pulo do gato — ou melhor, do dispositivo

A defesa argumentava que Mauro Cid já cumpriu todos os requisitos — delação premiada, colaboração, os caramba a quatro. Mas o ministro lembrou, com todas as letras (e artigos do Código de Processo Penal), que a gravidade dos crimes investigados pesa. E como pesa.

Não é qualquer coisa que se investiga por aqui, né? Tem fake news, tem suposta tentativa de fraude em certificados de vacinação… um verdadeiro cardápio de polêmicas.

E olha — Moraes ainda deu um puxão de orelha extra. Disse que, até agora, não viram nenhuma mudança concreta que justificasse aliviar a vigilância. Ou seja: o sinal continua fechado. Vermelho. Travado.

E agora, José?

Mauro Cid segue, então, com o seu «acessório» judicial. A tornozeleira, que já virou quase personagem nesse drama político-jurídico, permanece no pé — e o monitoramento, firme e forte.

Não é a primeira vez que a defesa tenta essa jogada. E, pelo andar da carruagem — ou melhor, dos autos —, não deve ser a última. Mas Moraes deixou claro: enquanto ele tocar o processo, as regras são essas.

O que isso significa no frigir dos ovos? Que o STF não está nem um pouco afim de baixar a guarda. E que, neste xadrez político, algumas peças ainda estão bem longe de sair do tabuleiro.

Restou à defesa respirar fundo e seguir na labuta. Porque com Moraes, uma coisa é certa: o rigor jurídico não é negociável.