CPMI da Previdência: Delegado Afirma Ter Recebido Ordem para se Calar em Depoimento Explosivo
Delegado da PF recebeu ordem para se calar na CPI da Previdência

Eis que a CPMI da Previdência, que já não era nenhuma maçã de tranquilidade, ganha mais um capítulo digno de roteiro de suspense político. Sabe aquele momento em que alguém é convidado a ficar quieto? Pois é.

O relator, simplesmente um dos caras mais importantes dessa comissão, soltou a bomba: um delegado da Polícia Federal — sim, a PF — teria recebido uma ordem direta, das boas, para não falar absolutamente nada durante seu depoimento. Nem bom dia, nem obrigado.

Não é de hoje que a gente desconfia que certos depoimentos são mais ensaiados que novela das oito. Mas quando a coisa vem de dentro da própria força policial, a história ganha um sabor azedo. Muito azedo.

O que exatamente não foi dito?

Ah, essa é a pergunta que vale um milhão. O delegado em questão estava lá justamente para debulhar as investigações sobre supostas falcatruas no INSS. Só que, segundo o relator, ele chegou com as mãos atadas — e a boca fechada com cadeado.

Imagina a cena: o cara senta na cadeira, todo mundo esperando a falação, e… silêncio. Aquele silêncio constrangedor que até faz barulho. E não por falta de assunto, viu? Mas porque alguém, em algum lugar, decidiu que aquelas palavras não deviam ser pronunciadas.

É aquela velha história — quem manda calar, geralmente tem muito a esconder.

E o Congresso? Como fica?

Bom, se tem uma coisa que parlamentar não gosta é de ser ignorado. E ser impedido de ouvir testemunhas, então, é tipo cutucar onça com vara curta. A reação foi imediata, e prometem puxar ainda mais a corda.

O relator já deixou claro que isso não vai ficar assim. Ele quer respostas, e vai atrás delas com tudo. Porque uma ordem de silêncio dentro de uma CPI não é apenas irregular; é um escândalo de proporções gigantescas.

Isso levanta dúvidas sérias. Até onde vai a interferência? Quem teria coragem de mandar um delegado da PF calar a boca? O que há por trás desse medo todo?

Perguntas que, por enquanto, ficam no ar — ecoando no plenário vazio.

Uma coisa é certa: a crise na Previdência não é só financeira. É também — e talvez principalmente — uma crise de transparência. E quando tentam calar quem deveria investigar, a gente sabe que o buraco é mais embaixo.

Muito mais.