
O clima na CPI da Previdência simplesmente explodiu nesta quarta-feira. E olha que a gente já estava esperando coisa grande — mas o que o relator Ricardo Light (PSDB-RJ) entregou vai muito, muito além.
O documento final? Uma bomba de 381 páginas que pede nada menos que prisão preventiva para vários investigados. Sim, você leu certo: preventiva. E tem mais — bloqueio de bens num valor que chega aos impressionantes R$ 5,6 bilhões.
Os alvos principais
Quem está na mira? Dois nomes sobem ao topo da lista: o ex-presidente do INSS, José Carlos Oliveira, e o empresário Marco Aurélio de Costa, dono da empresa Meta IT. A acusação? Desvio de recursos públicos através de contratos de TI superfaturados — aquela velha história de pagar caro por coisa que não valia nem metade.
E não para por aí. O relator também quer a prisão de outros cinco executivos ligados à Meta IT. A justificativa? Risco de destruição de provas e até de fugirem do país. Light não brincou em serviço.
O que mais tem no relatório?
Além das prisões, o documento é um verdadeiro terremoma:
- Pedido de indiciamento de 48 pessoas — uma lista que inclui desde funcionários públicos até empresários
- Recomendação de devolução de R$ 3,2 bilhões aos cofres públicos — dinheiro que, convenhamos, faz muita falta
- Sugestão de processamento criminal para 35 investigados — a coisa é séria e veio pra valer
E tem uma cereja no topo do bolo: Light também pede o afastamento imediato de servidores públicos que ainda estão em atividade e foram citados nas investigações. Limpeza geral.
E as empresas?
Ah, as empresas não escaparam não. O relator recomendou que a Meta IT — aquela que já aparecia nas investigações — seja declarada inidônea. Traduzindo: não poderá fazer negócios com o governo por um bom tempo. E mais quinze empresas podem entrar na mesma lista negra.
Para fechar com chave de ouro — ou de ferro —, Light pede que o Ministério Público Federal investigue possível organização criminosa dentro do INSS. Isso mesmo: esquema montado dentro da casa.
O documento agora segue para votação em plenário. E a expectativa é que vire um verdadeiro campo de batalha política. Porque, convenhamos, quando se mexe em R$ 5,6 bilhões, o barulho é inevitável.
Restou alguma dúvida de que a CPI da Previdência virou o maior terremoma político dos últimos tempos? Porque eu não tenho nenhuma.