Brasil Dá Lição ao Mundo: Justiça Age Onde EUA Vacilaram na Responsabilização de Ex-Líderes
Brasil vira exemplo mundial com condenação de Bolsonaro

Parece que o mundo finalmente está prestando atenção. Enquanto grandes potências tropeçam na hora de prestar contas, o Brasil — ah, o Brasil! — dá um verdadeiro show de maturidade democrática. O New York Times, nada menos, destacou em suas páginas o que muitos aqui já sentiam: o país acertou onde outros, digamos, patinaram feio.

Nesta quinta-feira (12), a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro por abuso de poder político e econômico durante as eleições de 2022 não foi apenas mais uma notícia no jurídico. Foi um recado. Um daqueles que ecoa além das fronteiras e faz historiadores futurem a testa.

O Xadrez da Justiça e os Peões da Democracia

O que aconteceu nos Estados Unidos após o caso Trump é de deixar qualquer um com a pulga atrás da orelha. Um imbróglio judicial que mais parece uma novela sem fim. Já por aqui, a coisa foi diferente. A Justiça Eleitoral agiu com uma celeridade que surpreendeu até os mais otimistas. Dois anos e meio? Pois é, parece que quando a máquina funciona, ela funciona de verdade.

Não foi um processo relâmpago, claro. Mas comparado à lentidão de outros cantos do mundo, foi quase um milagre da eficiência. E o mais importante: mostrou que as instituições brasileiras, ainda que com seus percalços, têm dentes — e estão dispostas a usá-los.

O Que Dizem Lá Fora

O jornal americano foi direto ao ponto. Enquanto os EUA se enrolam em debates intermináveis sobre a responsabilização de um ex-líder, o Brasil simplesmente… fez. A condenação de Bolsonaro, com a consequente inelegibilidade até 2030, não é vista como vingança, mas como um ato de saneamento democrático.

É como se o país tivesse aprendido a duras penas — lembra do impeachment? — que a lei precisa valer para todos. Sem exceção. E isso, meu caro, é algo que ressoa com uma força descomunal num mundo onde a política frequentemente parece um jogo de cartas marcadas.

Os especialistas consultados pelo periódico foram unânimes em um aspecto: a rapidez e a clareza do processo brasileiro servem como um contraponto importante ao cenário internacional. Mostra que é possível, yes, we can — ops, eles que disseram isso primeiro.

Não é Sobre um Homem, é Sobre um Sistema

Olha, é fácil reduzir tudo a uma figura polarizadora. Mas a verdade é que essa história vai muito além de Bolsonaro. Trata-se de como uma nação lida com seus fantasmas — e com a tentação constante de burlar as regras do jogo.

A reação dos apoiadores do ex-presidente foi, como era de se esperar, ruidosa. Falou-se em “perseguição política”, em “lawfare”, na velha lenga-lenga de sempre. Mas o fato é que a decisão judicial assentou sobre bases sólidas, detalhando minuciosamente os abusos cometidos.

E aí é que tá. Em tempos de fake news e reality shows políticos, ver a lei sendo aplicada com rigor é quase um ato de resistência. Um sopro de ar puro num ambiente que muitas vezes parece sufocado pela impunidade.

O Brasil, veja só, pode não ser exemplo em muita coisa — inflação, segurança pública, educação… mas nisso? Nisso a gente parece ter acertado em cheio. E o mundo notou.