
Enquanto o mundo observava, o Brasil escreveu um capítulo decisivo na história da democracia contemporânea. E pasmem: a lição partiu de onde muitos talvez não esperassem. Num movimento que ecoou além das fronteiras nacionais, a Justiça Eleitoral brasileira condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro — e o fez com uma clareza e firmeza que chamou a atenção do planeta.
O New York Times, aquele jornal que todo mundo conhece — mesmo que só de nome —, resolveu dar seu palpite. Num editorial contundente, praticamente um soco na mesa, o jornal estadunidense apontou: o Brasil acertou onde os Estados Unidos, até agora, vacilaram. Enquanto por lá figuras como Donald Trump ainda navegam em um mar de impunidade por tentativas de subverter eleições, por aqui a coisa andou.
O peso das instituições
Não foi pouco. A condenação de Bolsonaro — 8 anos de inelegibilidade — por abuso de poder político e uso indevido dos meios públicos durante as eleições de 2022 não é só uma sentença. É um recado. Das instituições para a população: aqui, a lei vale para todos.
O NYT foi direto: a condenação é um “sinal vital para a democracia brasileira”. E olha que elogio vindo de um país onde a Justiça parece, às vezes, dançar conforme a música da política. O jornal destacou a coragem do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em agir — mesmo sob ameaças, pressão e um clima político dos mais polarizados.
Contraste que dói
E aí é que a faca torce. Os Estados Unidos, que sempre se viram como farol democrático do mundo, agora assistem a um país sul-americano — muitas vezes subestimado — dando um show de aplicação da lei. Enquanto Trump enfrenta processos que se arrastam sem um desfecho concreto, o Brasil resolveu a parada em tempo recorde.
Não é sobre vingança. É sobre consequência. O editorial do Times deixa claro: a condenação de Bolsonaro não foi movida por viés político, mas por provas — algo que, em tempos de fake news, soa quase como um alívio.
O que aconteceu aqui não é só importante para o Brasil. É um precedente. Um sinal para democracias frágeis mundo afora de que é possível resistir — desde que as instituições segurem as pontas.
E no fim, quem diria? O Brasil, tão criticado, tão menosprezado, virou caso de estudo. Deu certo. Desta vez, a lição foi nossa.