Eis que o cenário político brasileiro vive um daqules dias que ficarão marcados a ferro e fogo na história. Numa decisão que ecoou como um trovão pelos corredores do poder, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado a nada menos que 27 anos e três meses de prisão. Sim, você leu certo.
O caso? Uma trama envolvendo aquela live polêmica – lembra? – com embaixadores, lá em julho de 2022. A Justiça Eleitoral não só considerou a conduta irregular como a tratou com a severidade de quem não admite brincadeira com a democracia.
Os detalhes que doem
O ministro Benedito Gonçalves, do TSE, não usou meias-palavras. Classificou o feito como "abuso de poder político e jurídico" e ainda apontou o uso indevido dos meios de comunicação. Bolsonaro, ao que tudo indica, cruzou linhas que não deveriam nem ter sido avistadas.
E não para por aí. A multa? R$ 3,5 milhões. Uma quantia que, convenhamos, não é pouco nem para quem está acostumado a números grandes.
E os outros envolvidos?
Ah, a história não poupou ninguém. Filipe Martins, que era conselheiro do ex-presidente, também foi atingido pela mesma sentença. Walter Souza Braga Netto e Paulo Sérgio Oliveira, respectivamente ex-candidato a vice e ex-ministro da Justiça, levaram multas pesadas – R$ 600 mil cada. Até a União saiu com uma reprimenda de R$ 20 milhões.
Não dá pra ignorar: o tom da decisão foi duro, seco, quase cortante. O ministro Gonçalves chegou a dizer que Bolsonaro agiu com "intenção fraudulenta" e "má-fé evidente". Palavras fortes, que deixam marcas.
E agora? A defesa já anunciou que vai recorrer. Claro, não seria diferente. Mas o estrago já está feito. A imagem, arranhada. A carreira, manchada. E o futuro político? Bem, isso é uma outra história.
Enquanto isso, o Brasil respira. Segura a respiração. Aguarda o próximo capítulo desse drama que mistura lawfare, paixão ideológica e a sempre imprevisível justiça dos homens.
