
A atmosfera no entorno de Jair Bolsonaro é, para dizer o mínimo, de realismo resignado. O ex-presidente não apenas espera, mas praticamente já internalizou a ideia de uma condenação no processo que corre no TSE. A sentença, ele acredita, é uma questão de tempo. Um inevitável desfecho.
Mas eis que surge um raio de esperança – ou pelo menos, é nisso que alguns dos seus aliados mais próximos insistem em acreditar. Eles não questionam o veredicto em si, oh, não. A aposta deles, um tanto mais pragmática, está no quantum, no tamanho da punição. A expectativa que corre nos bastidores é por uma pena atenuada, algo que, nas palavras de um assessor, "não seja um nocaute, mas sim um knockdown".
O Jogo das Expectativas
É fascinante observar a psicologia política em ação. Enquanto Bolsonaro se prepara para o pior, sua equipe joga com a possibilidade de uma penalidade menor. Eles analisam minuciosamente cada declaração, cada movimento dos ministros do Supremo, tentando encontrar sinais de que a condenação pode vir com uma multa, ou quem sabe uma inelegibilidade mais curta – qualquer coisa menos a sentença máxima.
"Ninguém aqui está comprando briga com o fato", confidenciou uma fonte próxima ao ex-presidente. "A questão não é se vai ser condenado, mas como e com que intensidade. É aí que mora o nosso cisco de esperança."
Os Próximos Capítulos
O que isso significa para o futuro político de Bolsonaro? Tudo e nada. Uma condenação branda pode mantê-lo no jogo, ainda que com limitações. Já uma pena severa... bem, essa seria praticamente a pá de cal. O problema é que ninguém – nem mesmo os mais otimistas – consegue prever com certeza qual será o desfecho.
O caso segue seu ritmo, e o Palácio do Planalto, agora ocupado por outro inquilino, observa de longe. O Brasil, por sua vez, aguarda. Mais um capítulo na sempre surpreendente e volátil política nacional.