O mundo político americano perdeu uma de suas figuras mais marcantes e controversas. Dick Cheney, que serviu como vice-presidente durante o governo de George W. Bush entre 2001 e 2009, faleceu aos 84 anos, deixando um legado que continua a dividir opiniões.
Uma carreira dedicada ao poder
Cheney não era um político qualquer. Sua trajetória incluiu passagens pelo Congresso americano, pela Casa Branca como chefe de gabinete de Gerald Ford e pelo Departamento de Defesa durante a Guerra do Golfo sob George H. W. Bush. Porém, foi como vice-presidente que ele deixou sua marca mais profunda na história americana.
O arquiteto da guerra contra o terror
Os ataques de 11 de setembro de 2001 transformaram Cheney em uma das vozes mais influentes da administração Bush. Defensor ferrenho do fortalecimento do poder executivo, ele foi peça fundamental na defesa:
- Da invasão do Iraque em 2003
- Do programa de interrogatório ampliado da CIA
- Da vigilância em massa sem mandados judiciais
- Da criação do Departamento de Segurança Interna
Problemas de saúde e resiliência
A saúde de Cheney foi uma batalha constante ao longo de sua vida pública. Ele sofreu múltiplos ataques cardíacos, sendo o primeiro aos 37 anos, e chegou a receber um transplante de coração em 2012. Sua capacidade de manter-se ativo politicamente apesar desses desafios impressionou amigos e adversários.
Um legado em debate
Para seus apoiadores, Cheney foi um patriota que fez o necessário para proteger os Estados Unidos em tempos de crise. Para críticos, ele representou uma expansão perigosa do poder presidencial e políticas que mancharam a imagem americana no exterior.
O que é inegável é que Dick Cheney moldou profundamente a política americana do século XXI, e seu falecimento reacende debates sobre um dos períodos mais conturbados da história recente dos Estados Unidos.