Onda Bolsonarista Perde Força? Cientista Político Analisa Impacto da Condenação
Bolsonarismo perde força após condenação, analisa especialista

Parece que o vento está mesmo mudando de direção no cenário político brasileiro. E não é pouco não.

Um daqueles analistas que realmente entende do riscado – Leonardo Barreto, da Vector Análise Política – soltou uma análise que tá dando o que falar. Ele joga uma luz sobre como a recente condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro pelo TSE pode ser, digamos, um divisor de águas para o movimento que carrega seu nome.

O baque da condenação

Barreto não usa meias-palavras. Pra ele, essa condenação específica – aquela por abuso de poder político durante as eleições de 2022 – deu um golpe bem mais duro no bolsonarismo do que as investigações anteriores. Por quê? Bom, a questão é que atinge diretamente a relação do ex-presidente com as instituições democráticas. E isso, meu caro, é o cerne da questão.

O timing também não ajuda – estamos longe das eleições, o que significa menos holofote e menos ânimo nas bases. É como tentar apagar fogo sem pressa: o estrago fica mais evidente.

E os aliados? Sumiram?

Aqui é onde a coisa fica realmente interessante. Barreto observa algo crucial: o silêncio quase ensurdecedor de boa parte da bancada bolsonarista no Congresso. Parece que muitos estão recuando, se distanciando… Quem diria, não?

É aquela velha história: quando a água bate na bunda, cada um salva seu próprio couro. E no mundo da política, isso significa calcular muito bem onde pisar.

Mas calma, não é o fim da linha

Agora, não vamos cantar vitória antes da hora. O cientista político faz questão de ressaltar: o bolsonarismo ainda tem fôlego. Continua sendo uma força significativa, principalmente em certas regiões do país onde a base é mais sólida.

Porém – e esse porém é importante – a capacidade de mobilização parece ter murchado. As ruas estão mais quietas, o barulho diminuiu. E sem essa pressão constante, fica difícil manter a relevância no dia a dia político.

E o que esperar do futuro?

Barreto arrisca um palpite: o movimento provavelmente vai se fragmentar. Uns vão tentar se acomodar no centrão, outros vão radicalizar ainda mais. E sem uma liderança tão forte no comando – afinal, Bolsonaro está inelegível – a tendência é essa dispersão mesmo.

É como observar um rio depois de uma grande enchente: as águas baixam, mas o curso nunca mais é exatamente o mesmo.

Resta saber se essa análise vai se confirmar nos próximos meses. Uma coisa é certa: o tabuleiro político brasileiro está se reorganizando, e as peças não estão mais nas mesmas posições de antes.