
Quem diria que um pedaço de terra congelada, visto como inútil no século XIX, se tornaria uma das aquisições mais lucrativas da história? Pois é exatamente isso que aconteceu com a compra do Alasca pelos Estados Unidos em 1867 – um negócio tão bom que até hoje deixa economistas de queixo caído.
O negócio que quase ninguém levou a sério
Na época, os jornais americanos chamaram a transação de "A Loucura de Seward", em referência ao secretário de Estado William H. Seward, que insistiu na compra. A Rússia, por sua vez, estava desesperada para se livrar daquele território distante e difícil de defender. O resultado? Os EUA pagaram míseros 7,2 milhões de dólares – menos de 2 centavos por acre!
Imagine só: hoje, só o petróleo descoberto no Alasca vale centenas de bilhões. Sem falar no ouro, gás natural, pesca e turismo. Foi como comprar um bilhete de loteria raspadinha e ganhar o prêmio máximo.
O que os russos estavam pensando?
Naquele tempo, a Rússia estava com as finanças abaladas após a Guerra da Crimeia. O czar Alexandre II achou melhor vender do que arriscar perder o território sem compensação. Mal sabia ele que estava entregando uma mina de ouro – literalmente! (A ironia é que ouro foi descoberto no Alasca justamente 30 anos depois da venda.)
- 1867: EUA compram Alasca por US$7,2 milhões
- 1896: Descoberta de ouro no Klondike
- 1968: Encontrado petróleo em Prudhoe Bay
- Hoje: Território vale trilhões em recursos
Um presente que continuou dando
O Alasca não só pagou seu próprio preço centenas de vezes como se tornou estrategicamente vital durante a Guerra Fria. Sua localização, perto da Rússia, fez dele um posto avançado militar inestimável. E olha que tem gente que reclama quando compra algo e depois acha que pagou caro!
Curiosamente, os primeiros anos após a compra foram marcados por desinteresse. O governo americano mal sabia o que fazer com aquela imensidão gelada. Mas como diz o ditado: "Deus escreve certo por linhas tortas". Quando as riquezas começaram a aparecer, todos perceberam que Seward não era tão louco assim.
Lições para os negócios de hoje
O que essa história nos ensina? Que visão de longo prazo vale ouro – às vezes literalmente. Enquanto outros viam apenas gelo e ursos polares, Seward enxergou potencial. E no mundo dos negócios, como na vida, às vezes é preciso ir contra a maré para fazer fortuna.
Quem sabe quantos "Alascas" modernos estão por aí, esperando alguém com coragem e visão para reconhecer seu valor? Só não espere 150 anos para descobrir!