
O que uma notícia trágica de um suposto crime nos Estados Unidos tem a ver com a política brasileira? Absolutamente nada. Mas, nas profundezas das redes sociais, alguém achou que seria uma boa ideia — uma ideia terrível, diga-se — criar esse link fantasioso.
A tal foto, que está dando voltas por aí, mostra um tal de Tyler Robinson — um homem acusado de um crime horrível contra o ativista conservador Charlie Kirk — usando uma camiseta estampada com o rosto e o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Só de ler já soa estranho, não é? Pois é.
E a verdade é essa: a imagem é falsa. Totalmente forjada. Uma montagem digital tão grosseira que chega a ser ofensiva à inteligência de quem vê. A verificação minuciosa do projeto Fato ou Fake, do G1, não deixou pedra sobre pedra: a foto original, amplamente divulgada pela polícia americana, não tem nada, zero, zilhões de camisetas com políticos brasileiros.
Como Essas Mentiras se Espalham?
É de cair o queixo a velocidade com que uma invenção dessas ganha o mundo. Alguém, em algum lugar, senta na frente de um computador, mexe em um software de edição e — puf! — cria uma realidade paralela. Aí, basta soltar nas redes que a mentira começa a correr mais rápido que a verdade, alimentada por ódio, por ingenuidade ou pura má-fé.
O pior de tudo? Isso não é um jogo inofensivo. Desinformação assim é um veneno que contamina o debate público, quebra a confiança nas instituições e joga pessoas contra pessoas. E no fim, quem perde somos todos nós.
O Caso Real Por Trás da Farsa
Para deixar tudo claro: o caso Tyler Robinson e Charlie Kirk é, de fato, uma investigação real da polícia americana. Mas é exclusivamente um assunto deles. Não tem nenhuma, repito, nenhuma conexão com o Brasil, com o Presidente Lula ou com a nossa política. Tentar criar essa associação é no mínimo desonesto e, no máximo, criminoso.
Fica o alerta: antes de compartilhar qualquer coisa que pareça bombástica demais — especialmente aquelas que confirmam seus próprios vieses —, respire. Pergunte de onde veio. Cheque a fonte. Desconfie. Um minuto da sua atenção pode evitar que você seja mais um a espalhar o caos.