O que não falta por aí é gente tentando confundir a população com histórias inventadas. Dessa vez, pegaram pesado: espalharam que a famosa Lei Rouanet estaria bancando shows artísticos em meio aos protestos contra a PEC da Blindagem e a Anistia. Parece coisa de filme, mas a realidade é bem mais chata – e mentirosa.
O projeto Fato ou Fake, do Globo, botou a lupa nessa história e o veredito é claro como água: é FAKE, pura e simplesmente. Não existe nenhum indício, nenhum documento, nenhum edital que comprove essa alegação fantasiosa. Zero. Nada.
Como a mentira se espalhou?
Ah, a viralização... essas correntes de WhatsApp e posts em redes sociais são fogo de palha. A falsidade surgiu de fontes obscuras, sem qualquer identificação ou embasamento factual – o que já é um enorme ponto de interrogação, convenhamos. O texto, cheio de termos alarmistas, tentava vincular a cultura à suposta manipulação política, um clássico do repertório da desinformação.
Mas calma aí, que a gente explica o buraco ser mais embaixo. A Lei Rouanet, para quem não sabe, é um mecanismo de incentivo fiscal. Ou seja, empresas e pessoas podem destinar parte do imposto devido para projetos culturais previamente aprovados pelo Ministério da Cultura. O processo é público, tem etapas definidas e prestação de contas. Financiar manifestações políticas? Isso simplesmente não está no escopo da lei. É como querer usar uma chave de fenda para cortar um bife.
O perigo das fake news na política
Isso me lembra aquela velha história: uma mentira repetida mil vezes... O problema é que, no calor do debate político, muita gente acaba acreditando e compartilhando sem checar. E o estrago está feito. Criar um inimigo imaginário, como se a cultura fosse um campo de batalha financiado pelo governo, só serve para aumentar a polarização e ofuscar os debates reais.
É fundamental, especialmente em períodos tensos, duvidar das manchetes bombásticas que aparecem no feed. Desconfie daquela informação que chega sem fonte, que parece perfeita demais para confirmar o seu viés. A dica de ouro? Corra atrás da verificação. Sites como o Fato ou Fake são ferramentas essenciais para não cair nessas armadilhas.
No fim das contas, a verdade prevaleceu – mas a vigilância precisa ser constante. A desinformação é um jogo de whack-a-mole: você derruba uma mentira, e outra aparece logo em seguida. Fique esperto.
