
Era uma daquelas notícias que fazem a gente segurar a respiração — e depois soltar um palavrão. O Ministério Público de São Paulo tá com a faca e o queijo na mão pra desvendar um esquema de corrupção que tirou milhões da saúde pública. E olha que não foi um "deslize". Falamos de um rombo que deixou hospitais sem remédios e pacientes esperando meses por cirurgias.
Detalhe revoltante? Enquanto faltava até gaze nos postos de saúde, alguns espertalhões enchiam os bolsos. "É de cair o queixo", como diria minha avó. O MP já identificou pelo menos R$ 50 milhões evaporados — e a conta pode subir mais que inflação de feira livre.
Como o esquema funcionava?
Parece roteiro de filme ruim, mas era a realidade:
- Superfaturamento descarado em equipamentos médicos
- Notas fiscais frias que dariam vergonha até em contador de filme
- Empresas-fantasma criadas só pra mamar nas tetas do governo
E o pior? Alguns desses criminosos tinham cargos públicos. Traíram o povo que juraram servir — e com um requinte de crueldade, já que desviaram verba de saúde em plena pandemia.
As consequências no chão do hospital
Enquanto os números do processo vão ficando mais gordos, a realidade nas UPAs é magra de doer. Conversei com uma enfermeira que pediu pra não ser identificada (medo de represálias, claro):
"A gente improvisa mais que artista de rua. Seringa reutilizada, falta de antibiótico... E os políticos? Esses nunca faltam no pronto-socorro quando precisam."
O MP promete cobrar cada centavo — mas você aí, que já perdeu parente na fila do SUS, sabe que dinheiro roubado não devolve vida. A justiça pode ser lenta, mas pelo menos parece que dessa vez a corda vai apertar no pescoço certo.