
Numa jogada que pegou muitos de surpresa, a União Europeia decidiu bater na porta de um aliado inesperado: a China. O motivo? Tentar frear a máquina de guerra que consome a Ucrânia desde 2022. Sim, você leu certo. Depois de anos de conflito, os europeus estão buscando ajuda em Pequim para negociar uma trégua.
Não é todo dia que vemos a UE — normalmente alinhada com os EUA — estender a mão para os chineses. Mas, como diz o ditado, "em time que está perdendo, até lateral vira atacante". E o time da paz, infelizmente, está perdendo feio.
Por que a China?
Pode parecer contra-intuitivo, mas faz certo sentido estratégico. A Rússia e a China mantêm laços econômicos e políticos estreitos — um "casamento de conveniência" que já dura décadas. Enquanto o Ocidente impõe sanções, os chineses continuam comprando petróleo russo e vendendo componentes eletrônicos.
"A China tem uma relação única com Moscou", admitiu um diplomata europeu sob condição de anonimato. "Eles são talvez os únicos que podem falar com Putin sem que ele desligue o telefone na cara."
O jogo diplomático
O apelo europeu chegou em um momento delicado:
- A Ucrânia enfrenta escassez de armamentos
- A Rússia avança lentamente no leste
- O apoio ocidental começa a mostrar fissuras
Nesse cenário, a UE parece ter adotado a filosofia do "mal pior conhecido". Melhor arriscar um mediador controverso do que assistir passivamente ao prolongamento do banho de sangue.
Mas será que vai funcionar? Analistas estão divididos. Alguns lembram que a China já tentou — sem sucesso — mediar conflitos no passado. Outros apontam que, desta vez, Pequim tem interesses econômicos concretos em ver a guerra acabar. Afinal, ninguém lucra com um continente europeu em chamas... nem mesmo os chineses.