
Numa jogada inédita que pegou até analistas de surpresa, figuras-chave da segurança israelense — aqueles que literalmente carregam o peso da guerra nas costas — resolveram bater na porta de um político americano que nem está no poder atualmente. E não foi qualquer pedido: uma carta aberta a Donald Trump, quase um SOS diplomático, implorando que ele use sua influência para parar o conflito em Gaza.
Não é todo dia que você vê militares de alta patente, alguns até com medalhas no peito de guerras passadas, admitirem que estão num beco sem saída. “Estamos presos num ciclo de violência que só faz vítimas de ambos os lados”, diz um trecho do documento que vazou antes mesmo da publicação oficial. O tom é de desespero contido, quase um grito abafado pelo protocolo militar.
Por que Trump?
Eis a pergunta que todo mundo fez ao ver a notícia. O ex-presidente, conhecido por suas declarações bombásticas sobre o Oriente Médio, parece a última pessoa que especialistas recomendariam para mediação de paz. Mas os signatários da carta têm sua lógica — torta, mas existente:
- Relação histórica com Netanyahu (aqueles abraços constrangedores em público tinham propósito)
- Capacidade de chocar o sistema com medidas não ortodoxas
- Influência sobre setores da direita israelense que ignoram apelos da ONU
Um coronel reformado, que pediu para não ser identificado, foi mais direto: “Quando você está se afogando, não escolhe o salva-vidas pelo currículo. Trump é o único que pode falar grosso com nosso governo e com o Hamas ao mesmo tempo”.
O que diz a carta?
O documento — quatro páginas que misturam jargão militar com apelo humanitário — tem passagens de cortar o coração:
“Nossos soldados não se alistaram para matar crianças palestinas escondidas em escombros. Se continuarmos assim, não haverá vitória para comemorar, apenas uma geração traumatizada dos dois lados da fronteira.”
E também ameaças veladas:
“A comunidade internacional está prestes a virar as costas para Israel de forma irreversível.” Frase dura, vinda de quem sempre defendeu a linha dura.
O mais curioso? Nenhuma menção ao atual presidente Biden, como se Washington tivesse virado um fantasma na geopolítica regional. Alguém esqueceu de avisar que há eleições em novembro...
Reações explosivas
Do lado palestino, a reação foi previsível: “Mais um teatro para ganhar tempo enquanto continuam os bombardeios”, disparou um porta-voz do Hamas. Já em Tel Aviv, o silêncio do governo foi ensurdecedor — mas fontes do Ministério da Defesa cochicham sobre “insubordinação inaceitável”.
E Trump? Até agora, só um tweet ambíguo: “Todo mundo sabe que eu sou o único que pode resolver problemas grandes. Muito grandes. Os maiores.” Típico.
Enquanto isso, Gaza continua sangrando. E essa carta desesperada, seja genuína ou manobra política, mostra que até os durões estão percebendo: não há vitória militar possível nesse conflito. Só derrota humana.