
O mundo todo acompanha, com os olhos grudados na tela, o desenrolar do conflito entre Rússia e Ucrânia. Mas tem um detalhe que não passa despercebido: Vladimir Putin, o homem forte do Kremlin, parece fugir de conversas cara a cara com Volodymyr Zelensky. Por quê?
Não é falta de oportunidade — o presidente ucraniano já deixou claro que topa um papo direto. Mas Putin, ah, Putin... Ele prefere o caminho mais longo, cheio de intermediários e discursos indiretos. Quase como um jogo de xadrez onde as peças se movem, mas os reis não se encaram.
O que dizem os especialistas
Analistas políticos — aqueles que vivem de decifrar os códigos das relações internacionais — apontam algumas razões. Primeiro: Putin não quer dar a Zelensky o "status" de igual. Parece coisa de escola, mas na geopolítica, esses gestos pesam mais que discursos.
Segundo: negociar diretamente poderia ser interpretado como fraqueza dentro da própria Rússia. E o Kremlin? Bem, o Kremlin não é exatamente um fã de demonstrar vulnerabilidade.
"É uma estratégia clássica de poder", diz um professor de relações internacionais que prefere não se identificar. "Quando você controla o tabuleiro, dita as regras do jogo — inclusive quem merece sua atenção."
E a Ucrânia nisso tudo?
Zelensky, por sua vez, insiste. Para ele, o diálogo direto não é só sobre resolver o conflito — é sobre sobrevivência. Cada dia sem conversas é um dia a mais de bombas, de mortes, de cidades reduzidas a escombros.
Mas será que essa teimosia de Putin não tem prazo de validade? Até quando o mundo vai aceitar essa postura? Perguntas que, por enquanto, ficam no ar — sem respostas, como tantas outras nessa guerra.